Órgão de defesa do consumidor constata que produtos têm informação errada nos rótulos

 

Tipo 1 é o mais nobre e seus grãos são quase perfeitos; pacote não pode ter mais de 1,5% de problemas, como grãos mofados ou partidos

 

O feijão preto, uma das preferências na mesa do brasileiro, nem sempre é tão bom quanto parece. Entre 25 marcas vendidas nas principais capitais do país, o órgão de defesa do consumidor Proteste constatou que 13 não são do tipo 1, como informam ser em seus rótulos.

 

O tipo 1 é considerado o mais nobre e seus grãos são quase perfeitos -no máximo 1,5% de um pacote pode ter problemas, como grãos mofados ou partidos, por exemplo. O pacote não pode, tampouco, trazer em seu interior insetos vivos.

 

Contudo, esses quesitos não foram respeitados em pacotes de marcas como Blue Ville, Prezunic e Namorado. Entre as que apresentaram problemas, estão várias próprias de supermercados, como Dia% e Econ.

 

De acordo com a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, esse descaso das empresas faz com que o consumidor leve para casa um produto de qualidade inferior ao que gostaria. E muitas vezes pagando mais caro por isso.

 

Para a fabricante da marca Namorado, a SLC Alimentos, o resultado foi uma "surpresa", pois outros testes de órgãos como o Inmetro atestaram a qualidade da marca. A SLC disse discordar dos resultados e que o manuseio dos pacotes nos pontos de venda pode facilitar a quebra de grãos.

 

O Walmart, dono das marcas Nacional e Mercadorama, disse que seus produtos são processados de acordo com os padrões do Ministério da Agricultura. Após a pesquisa, a empresa solicitou análises atualizadas que comprovem a qualidade e a segurança do produto.

 

O Econ informou que, para possíveis melhorias, reavaliará seu processo de fabricação. O DIA% informou que apenas revende o feijão de sua marca e que irá contatar o fabricante.

 

A Folha não conseguiu contato com os números informados pela Zaffari e pela Finkler.

 

Veículo: Folha de São Paulo