Operadores gaúchos se ajustam às restrições

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Transportadoras do Rio Grande do Sul estão encontrando dificuldades para promover ajustes em suas frotas para atender o modelo urbano implantado em São Paulo. "Imagine duas mil transportadoras em um mesmo mercado, procurando agregar vans", diz o diretor da Transporte Panex, de Caxias do Sul (RS), Paulo Bedin, que tem na região da Grande São Paulo 40% de todo seu movimento, de 60 mil volumes mensais, atendendo clientes como Eaton, Tupy, Gerdau, Intral, Randon e Guerra, entre outros.


 
"Estamos tentando nos adequar com o que temos, segregando cargas dentro dos horários permitidos, e na medida do possível contratando terceiros cujos veículos se enquadrem às normas da de São Paulo. Mas os preços estão altos", salienta o empresário, que conta com uma frota própria de 165 caminhões pesados, 20 médios, 48 leves e apenas sete furgões.

 

"Até o momento a empresa agregou 12 veículos pequenos a frota de coleta e entregas", complementa Bedin, chamando a atenção para o início de agosto, quando acontece os primeiros grande testes após o final das férias escolares.

 

"Passamos a ter dois impasses de imediato. O primeiro reflete na performace das operações que agora estão em compasso lento, estando dependente do giro de placas da frota de entrega e coleta da nossa unidade São Paulo e seus agregados. O segundo é o impacto nos custos, inevitável, e que não encontra amparo nos clientes por estarem acima do aceitável", relata Bedin.

 

Maior pulverização

 

A Transportadora Plimor, de Farroupilha, também da serra gaúcha, tirou de Curitiba as os furgões Sprinter e enviou para São Paulo. O gerente geral de frota, Márcio Carlos Pires de Lima, não revela o número de veículos transferidos, alegando questões estratégicas. Já os caminhões pesados de São Paulo foram enviados para a capital paranaense. A empresa gaúcha tem um movimento mensal de 150 mil cargas, das quais 20% envolvem o estado de São Paulo.

 

A estratégia da Plimor, definida dois anos atrás, foi justamente consolidar presença no Estado, a partir da inauguração de uma filial em Ribeirão Preto, no interior paulista "Hoje atendemos mais de 1,8 mil municípios da região Sul e São Paulo. Dois anos atrás este número era 30% menor", faz as contas o gerente.

 


A empresa acaba de adquirir 34 veículos Mercedes Benz, entre cavalos, caminhões trucados e furgões Sprinter, além de sete camihonetes. Lima não revela o valor do investimento. Com filial em São Paulo, o diretor da Transportadora Panex, Paulo Bedin, diz que, aparentemente, o trânsito na cidade paulista stá 20% melhor.

 


Troca da frota


Segundo ele, "os engarrafamentos continuam nas avenidas marginais, com maior participação de automóveis", diz. Questionado se haverá ganho de tempo, Bedin se mostra pouco otimista.

 

"Não acredito, até porque o volume de carga encomendado pelos nossos clientes ainda é o mesmo e para realizar a mesma operação nós estamos multiplicando por até três vezes a quantidade de carros", explica, referindo-se a contratação de terceiros. Conforme Bedin, a Panex já está analisando alteração no planejamento estratégico, olhando para modelos totalmente diferentes daquele que opera atualmente. "Estamos prevendo a troca e ampliação da frota de coleta e entrega da unidade paulista".

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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