Há dois anos, a inglesa Associated British Food (ABF) resolveu expandir a sua marca de achocolatado, o Ovomaltine, para enfrentar a concorrência das líderes de mercado Nescau, da Nestlé, e Toddy, da Quaker. Para isso, mudou de distribuidora, entrou num novo nicho de mercado e reforçou a publicidade do produto. Na área de distribuição, saiu de cena a Novartis - fabricante suíça de medicamentos e dona do Ovomaltine até 2002, quando vendeu a marca para a ABF - e entrou em operação a Pandurata Alimentos, controlada pelas brasileiras Bauducco e Visconti. "A Pandurata trouxe maior sinergia para o negócio, já que os portfólios de produtos e clientes das duas empresas possuem grande afinidade", diz Danilo Nogueira, gerente-geral de Ovomaltine para a América Latina.
A mudança fez com que o achocolatado entrasse no mix de produtos de 21 mil estabelecimentos espalhados pelo País, ante os 14 mil de dois anos atrás, e aumentasse em 65% o consumo do produto entre 2008 e 2009. "Reforçamos a atuação no Sul do País, onde a marca tinha menos força", diz Nogueira. Outra frente aberta pela empresa foi a do mercado de alimentação fora do lar. Com o mesmo critério adotado para o varejo, escolheu a Cargill, com vasta experiência nesse ramo de negócios, para estrear a sua linha de food service. Hoje, a marca está presente em cerca de três mil restaurantes, lanchonetes, sorveterias e cafés do País.
Além dessas iniciativas, a ABF ainda reforçou sua imagem dentro dos supermercados, comprando espaços nobres, como as pontas de gôndolas (as quinas dos corredores), que dão mais visibilidade aos produtos, e participando dos folhetos promocionais das redes de varejo. A estratégia de reposicionamento da marca incluiu também a volta da ABF à televisão, com uma campanha em 2009 e outra este ano. Com fábrica em Embu, na Grande São Paulo, a Ovomaltine diz ter elevado em 96% o faturamento nos últimos dois anos.
Veículo: O Estado de São Paulo