O Santa Clara virou 3 Corações

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Durante décadas, o grupo potiguar responsável pelo beneficiamento, industrialização e comercialização de seis marcas de café no País atendeu pelo nome de Santa Clara e reinou absoluto no Norte e Nordeste. Mas a aquisição da mineira 3 Corações, em 2005, mudou a trajetória da empresa. O café 3 Corações cresceu tanto e ficou tão conhecido que o conglomerado decidiu adotá-lo como marca institucional.

 

O Grupo 3 Corações será oficialmente apresentado hoje aos varejistas e consumidores, na abertura da feira da Associação Paulista de Supermercados (Apas). "Queríamos um nome capaz de consolidar o grupo como marca nacional", diz Pedro Lima, presidente da empresa. Após contratar uma consultoria especializada, a Thymus Branding, ouvir funcionários e consumidores, Lima e seus sócios chegaram à conclusão de que a nova identidade estava dentro de casa.

 

Quando entrou na 3 Corações, a partir de uma joint venture com o grupo israelense Strauss, dono da marca, a intenção de Lima era clara: chegar à região Sudeste. Não só conseguiu o objetivo, como colocou a 3 Corações, fundada no município de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, na liderança do mercado nacional, com 19,8% de market share, disputado xícara a xícara com a americana Sara Lee, dona do café Pilão, segundo a consultoria Kantar Worldpanel. "Quando chegamos a São Paulo, a 3 Corações detinha 1% do mercado local; hoje temos 15%", diz Lima. A expansão da empresa, há 20 anos mantida num ritmo superior aos dois dígitos, se deve, segundo Lima, às ações nas áreas de marketing, logística e operações.

 

O Grupo 3 Corações, que transferiu sua sede de São Miguel, no interior do Rio Grande do Norte, para Fortaleza, conta com quatro mil funcionários, sete fábricas, três beneficiadoras de grãos verdes e 23 centros de distribuição próprios. Atualmente, seus produtos são vendidos em cerca de 95 mil pontos de venda, chegando a uma receita de R$ 1,45 bilhão em 2009.

 

Além da 3 Corações e da Santa Clara, fazem parte do portfólio do grupo as marcas regionais de café Pimpinela, Letícia, Kimimi e Forte, assim como os refrescos Frisco e Tornado e produtos derivados de milho, temperos e filtros de papel. A empresa atua, ainda, no mercado de fast food e exporta para mais de 30 países, de onde provém 15% do seu faturamento. Com a nova marca institucional, o grupo planeja fazer aquisições, num mercado formado por cerca de 800 empresas. "Há ainda muito espaço para a consolidação do setor", diz Lima.

 

Veículo: O Estado de São Paulo


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