Barry Callebaut do Brasil investe R$ 50 milhões para instalar planta em Extrema.
A Barry Callebaut do Brasil, empresa do grupo canadense Barry Callebaut, vai inaugurar no próximo dia 27 sua primeira fábrica de chocolates no país, em Extrema, no Sul de Minas, com investimentos de R$ 50 milhões. Em Ilhéus, no sul da Bahia, a empresa possui uma unidade de beneficiamento de cacau.
A produção da unidade mineira será destinada ao abastecimento de empresas como Arcor, Nestlé e Kopenhagen e Panduratta Alimentos Ltda, detentora das marcas Bauducco, Visconti e Tommy, segundo o secretário municipal de Indústria e Comércio, Pericle Mazzi.
Conforme o protocolo de intenções assinado com o governo do Estado em agosto do ano passado, a capacidade de produção será inicialmente de 20 mil toneladas de chocolate ao leite, amargo e branco ao ano. A linha de produção é para blocos de chocolate de um ou dois quilos.
A fábrica deverá ser responsável pela geração de 170 postos de trabalho diretos e outros cerca de 30 agregados. No documento assinado com a administração estadual a empresa também assumiu compromisso de trabalhar com profissionais da região, além de oferecer treinamento e capacitação para os empregados.
O primeiro objetivo da Barry Callebaut é conquistar o mercado interno e, em um segundo momento, penetrar em países do Mercosul. A empresa também atua no setor de food service (padarias, hotéis e confeitarias).
O faturamento da Barry Callebaut em 2009 foi de R$ 60 milhões e estima um salto neste ano, atingindo R$ 76 milhões. O grupo é um dos maiores produtores de cacau e chocolate do mundo. A produção inclui desde a semente até o produto acabado. No total são 40 plantas que empregam aproximadamente 7,5 mil pessoas.
Mazzi informou que a prefeitura de Extrema não concedeu benefícios fiscais para o empreendimento e Barry Callebaut adquiriu um terreno no Distrito Industrial (DI) de Extrema. Mesmo sem contar com desonerações, a empresa optou por se instalar no município e em decorrência da proximidade com os grandes clientes, como a Kopenhagen, que no ano passado transferiu suas operações para o mesmo DI.
No caso da Kopenhagen foram aportados R$ 36 milhões, sendo R$ 20 milhões financiados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A empresa dobrou sua produção para o período da Páscoa neste ano, atingindo 460 toneladas mensais. A empresa é controlada pelo grupo CRM que detém ainda as marcas Brasil Cacau e Dan Top. Em 2009 a Kopenhagen registrou faturamento de R$ 160 milhões. A Páscoa representa 30% do faturamento anual da empresa. A previsão é de que o montante chegue a R$ 181 milhões no atual exercício.
Apesar da crise mundial o setor de chocolates não trabalhou com recuo nas vendas. A Associação Brasileira de Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoin, Balas e Derivados divulgou que a produção nacional cresceu 4,8% em 2009 frente ao exercício diretamente anterior.
Veículo: Diário do Comércio - MG