RIO - Pelo menos 600 milhões de sacolas plásticas deixaram de ser utilizadas no Rio, desde o lançamento, em julho do ano passado, da campanha "Saco é um Saco", do Ministério do Meio Ambiente e da Secretaria do Ambiente do Rio. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, na reunião sobre a campanha promovida pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos. Fora de circulação, grande parte das sacolas plásticas deixou de lançada nos rios do estado.
O encontro, realizado na sede da secretaria, no Centro do Rio, teve por objetivo debater os avanços e as dificuldades apresentados durante o processo de implementação da Lei 5.502/2009, que prevê a substituição das sacolas plásticas pelas retornáveis em um prazo de 2 a 3 anos para estabelecimentos de pequeno porte e de 1 ano para as de grande porte. De acordo com a secretária, a campanha será intensificada até 15 de julho, quando expira o prazo, estabelecido pela lei, para que as grandes redes supermercadistas façam efetivamente a substituição. Quem não cumprir ficará sujeita a penalidades previstas na lei como multa que pode chegar a 10 mil Ufirs-RJ.
- Vamos intensificar a Campanha "Saco é um Saco" em áreas onde há muita aglomeração de pessoas, como nas praias, no Piscinão de São Gonçalo, no Maracanã, em dias de jogos. Enfim, o objetivo é esclarecer à população que as sacolas plásticas contribuem, e muito, na poluição do meio ambiente, pois esse material, quando descartado inadequadamente, leva até 500 anos para se decompor na natureza - disse Marilene Ramos.
Desde que foram introduzidas no país, na década de 80, as sacolas plásticas passaram a ser reutilizadas pelos brasileiros para o acondicionamento do lixo. No Brasil, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas são distribuídas por ano, sendo que cada cidadão brasileiro consome, em média, 800 delas por ano.
Além de Marilene, estiveram presentes à reunião o presidente-executivo da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari; o vice-presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, o deputado Carlos Minc, e representantes de grandes redes de supermercados.
Veículo: O Globo