Petroquímica avança na China e Oriente Médio e impacta Braskem

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A Braskem, maior petroquímica das Américas, está preocupada com o aumento de capacidade do setor petroquímico mundial no segundo semestre, o que deve impactar o preço das matérias-primas.

 

O temor tem fundamento, pois a expansão da produção está se acelerando. Os gigantes do setor petroquímico Sabic, da Arábia Saudita, e Sinopec, da China, anunciaram na semana passada o início da produção comercial do novo complexo petroquímico controlado pelas duas companhias, que fica em Tianjin, China.

 

Além disso, o conglomerado Abu Dhabi Basic Industries informou que vai construir um novo complexo petroquímico em território chinês e já está em conversações com possíveis parceiros sobre o assunto.

 

Esses dois novos complexos petroquímicos reforçam a presença de empresas do Oriente Médio e da China no mercado, com impacto direto para empresas brasileiras do setor. O presidente da Braskem, Bernardo Gradin, reconheceu na sexta-feira que a entrada em operação de unidades daquelas regiões do mundo impactarão os preços das resinas já no segundo semestre deste ano.

 

Para o período de abril a junho, Gradin espera margens positivas e preços estáveis para as resinas petroquímicas.

 

Disparada global

 

De acordo com estudo da Braskem, a capacidade mundial de eteno está em cerca de 130 milhões de toneladas, concentrada na Ásia, seguida por América do Norte, Europa e Oriente Médio. A disponibilidade e a expressiva vantagem de custo de matéria-prima no Oriente Médio (onde estão as maiores reservas de petróleo, do qual se produz o eteno) têm levado à implantação de grandes complexos industriais na região.

 

Até 2014 espera-se a entrada de 25 milhões de toneladas de eteno, concentradas no Oriente Médio e na Ásia. A China tende a ser o destaque da Ásia, respondendo por um terço do crescimento dessa região.

 

Já a produção anual de resinas (polipropileno, polietileno e PVC) no mundo é de aproximadamente 180 milhões de toneladas, sendo a Ásia a principal região produtora, seguida por Europa e Estados Unidos.

 

Estima-se que até 2014 ocorra um aumento de capacidade de 40 milhões toneladas - impulsionado principalmente pelo crescimento de polietilenos (PE), com concentração no Oriente Médio e na Ásia, principalmente China.

 

Na outra ponta, estima-se o fechamento de unidades que produzem 11 milhões de toneladas mundialmente, principalmente na Europa e nos EUA.

 

A Braskem, está preocupada com o aumento de capacidade do setor petroquímico mundial no segundo semestre, o que deve impactar o preço das matérias-primas.

 

Veículo: DCI


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