22% preferem comprar em atacado, aponta pesquisa

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Para o presidente da Abad, Carlos Eduardo Severini, o percentual ainda é baixo e há perspectivas de crescimento.


 
ImprimirO interesse da população pelas compras em atacado vem subindo ano a ano, mostra pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Abad (Associação Brasileira de Atacadistas Distribuidores) em parceria com a consultoria Nielsen. Em 2009, 22% dos consumidores pessoa física compraram em "atacarejos" --lojas que atendem o atacado, distribuidores e também o varejo. Em 2008, eram 17%.

 

Para o presidente da Abad, Carlos Eduardo Severini, o percentual ainda é baixo e há perspectivas de crescimento. A expectativa é de que chegue a 28% já neste ano. Um dos principais motivos pela busca deste tipo de estabelecimento é o custo. "Os preços chegam a ser até 10% menores do que no varejo [supermercados, farmácias, entre outros]", afirma Nelson Barrizzelli, professor da USP (Universidade de São Paulo).

 

Segundo ele, os atacadistas conseguem oferecer produtos com preços reduzidos porque muitos deles cobram uma anuidade do cliente, que funciona como capital de giro para a empresa se financiar. Com isso, conseguem repassar o custo de oportunidade da captação nos preços.

 

A pesquisa mostra ainda que o número de lojas do segmento "atacarejo" vem aumentando nos últimos anos. Em 2000, eram 86, em 2008 já tinham passado para 236 e, no ano passado, 291.

 

Um dos principais entraves para este segmento do atacado , no entanto, é a busca do consumidor pela comodidade. "Quase 60% do consumo em 2009 foi feito por praticidade, conveniência e o fazer bem [considerados consumo de produtos de beleza, por exemplo]", detalha João Carlos Lazzarini, diretor de atendimento ao varejo da Nielsen. Com isso, muitos acabam optando por supermercados próximos a suas residências ou mesmo farmácias, no caso da compra de produtos de beleza e higiene.

 

"O consumidor opta por vários canais para fazer as suas compras. No caso do cash & carry (atacarejo), a escolha ocorre quando ele sabe que fará uma compra de maior valor, em que consegue ver melhor a economia", explica Barrizzelli.

 

Para o presidente da Abad, é justamente nas compras de maior valor que o "atacarejo"  compete com os supermercados. Porém, ele aponta desvantagens do setor, como um número menor de serviços oferecidos ao cliente. "Muitas vezes não há sacolas, não tem ar condicionado. É um ambiente muito mais simples e menos sofisticado".

 

Faturamento

 

O setor atacadista distribuidor faturou R$ 131,8 bilhões em 2009, em um crescimento nominal de 9,2% sobre o ano anterior (R$ 126,7 bilhões), de acordo com a Abad. A associação, no entanto, não tem os números relacionados apenas ao "atacarejo".

 

O crescimento real (já descontada a inflação do período) foi de 4,1%, acima das projeções da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), que estimava um aumento de 3%.

 

A participação do atacado correspondeu a 52,2% de tudo o que foi distribuído no mercado mercearil (alimentos, limpeza, farmácia e higiene pessoal).

 

Ranking

 

A Abad divulgou hoje também o ranking do setor de atacado no ano passado. No segmento "atacarejo" as maiores redes no país foram:

1) Makro
2) Assaí
3) Tenda Atacado
4) Roldão Atacadista
5) Spani Atacadista
6) Villefort Atacadista
7) Mart Minas
8) Aliança
9) Atakadão Atakarejo

 


Veículo: Portal Administradores


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