Exportações nacionais de couro têm crescimento

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Vendas externas da indústria somaram US$ 555,95 milhões no primeiro quadrimestre, com alta de 80% em valor.

 

As exportações brasileiras de couros contabilizaram US$ 160 milhões em abril deste ano, o mesmo patamar de março, com expansão de 97% em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

 

Já no primeiro quadrimestre de 2010, a indústria curtidora apurou US$ 555,95 milhões, crescimento de 80% ante ao mesmo período anterior, e 33% em volume. "Nos quatro meses do ano, quando comparamos ao mesmo período de 2009, auge da crise econômica mundial, os embarques de couros cresceram em volume e receita, sinalizando a retomada da competitividade do setor", avaliou o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

 

O executivo, que recentemente foi eleito à presidência do International Council of Tanners (ICT) - sigla em inglês para Conselho Mundial da Indústria Curtidora, entidade internacional com representações em 25 nações -, estima que em 2010 as vendas externas fechem o ano entre US$ 1,7 bilhão e US$ 1,8 bilhão, valor cerca de 60% superior a 2009, "mas ainda inferior ao patamar das nossas exportações de US$ 1,88 bilhão (2008) e US$ 2,2 bilhões em 2007", explicou.

 

Neste contexto, as exportações brasileiras de couros ainda sofrem os efeitos da lenta recuperação de importantes mercados de consumo, além da necessária capitalização das empresas, para que haja um crescimento sustentado. Outras medidas também podem estimular a reação da indústria curtidora, a exemplo da criação de linhas de crédito para suprir o capital de giro das empresas, política em que o governo pode prestar contribuição determinante.

 

Crédito - De acordo com Goerlich, a estratégia fundamental neste processo de recuperação seria a criação de linhas de crédito para capital de giro pelo Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a adequação de prazos e encargos de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC), e a reedição do programa Revitaliza, além de agilização nos ressarcimentos de créditos de exportação e autorização da compensação automática de créditos fiscais.

 

Neste cenário, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) também está contribuindo para a alavancagem da indústria curtidora, ao lançar, neste ano, uma campanha internacional para valorizar e promover o couro brasileiro nos principais países importadores, apoiada pela ApexBrasil.

 

De janeiro a abril de 2010, os principais mercados do couro brasileiro foram a Itália, com US$ 135,48 milhões (24,37% de participação e aumento de 71% em relação ao período anterior), país que retomou a posição de primeiro lugar de destino do produto nacional; China, com US$ 129,83 milhões (23,35% de participação e elevação de 99%); Hong Kong (US$ 56 milhões, 10% de participação e crescimento de 33%), e Estados Unidos, US$ 55,94 milhões (10% e salto de 155%).

 

No acumulado dos quatro meses do ano, Alemanha (US$ 17,77 milhões), México (US$ 15,92 milhões), Vietnã (US$ 13,71 milhões), Holanda (US$ 11,71 milhões), Coréia do Sul (US$ 10 milhões), Tailândia (US$ 9,21 milhões) e Indonésia (US$ 9 milhões) foram outros importantes destinos das exportações brasileiras.

 

Entre novos mercados que aumentaram as aquisições do couro nacional no primeiro quadrimestre, destacam-se: Polônia que aumentou 58%, importando US$ 4,56 milhões, Cingapura (18,3 vezes) que adquiriu US$ 4,36 milhões, Malásia (166%, US$ 3,95 milhões), Dinamarca (337%, US$ 3,44 milhões), Uruguai (13 vezes, US$ 2 milhões) e Eslováquia (64,2 vezes, US$ 154,26 mil).

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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