- Vieram dos produtos farmacêuticos as principais contribuições para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que ficou em 0,63% em maio. Em abril a taxa havia sido de 0,48%. Com este resultado, divulgado hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado do ano é de 3,16%, resultado superior ao verificado em igual período do ano passado, que foi de 2,10%. Só para lembrar, em maio de 2009, a taxa havia sido de 0,59 %
A elevação do resultado por conta dos produtos farmacêuticos, cuja variação passou de 0,70 % mês passado para 2,14% este mês, se deu em virtude do reajuste médio de 4,64% concedido a partir de 31 de março. As tarifas de energia elétrica, que avançaram de -0,46% para 1,29%, são reflexo da cobrança da COSIP (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública) implantada no Rio de Janeiro, a partir de 20 de abril, e responsável pelo resultado de 5,04% no índice do mês. Vale ressaltar, ainda, os reajustes verificados nas tarifas de energia elétrica em Fortaleza (5,50%) e Salvador (5,92%), ambas partir de 22 de abril num percentual de 5,89% e 6,74%, respectivamente.
Outros itens que também contribuíram para o resultado do mês foram: empregado doméstico (de 1,60% para 1,12%), automóvel novo (de -0,46 para 1,57%), aluguel (de 0,57% para 0,74%) e condomínio (de -0,60% para 1,18%). Já o crescimento nos artigos de vestuário (de 1,08% para 1,15%) reflete os aumentos ocorridos com a entrada na nova coleção, como já foi verificado no mês anterior. Com isso, o grupo dos não alimentícios variou 0,52%, em maio, frente à variação de 0,12% em abril.
Por outro lado, o grupo alimentos, mesmo com a taxa recuando de 1,71% para 1,00%, continuou a pressionar o resultado do mês, acumulando alta de 5,84% no ano. Quatro itens importantes contribuíram para este resultado: feijão carioca (de 30,10% para 31,75%), leite pasteurizado (de 9,63% para 4,24%), refeição fora (de 0,75% para 0,95%) e carnes (de 1,24% para 1,61%). Dentre as quedas destacam-se: tomate (de 36,81 para –11,08%), frutas (de –0,92% para –2,59%) e pescados (de 2,62% para –3,79%).
Fortaleza foi a capital que ficou com o maior índice regional por conta, principalmente, dos aumentos ocorridos nos preços da gasolina (10,14%) e também pelo maior resultado dos alimentos (1,61%). Em contrapartida, Goiânia foi a que teve o menor índice, devido às fortes quedas nos preços da gasolina (-5,10%) e do etanol (-8,19%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de abril a 13 de maio e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ