Alimentos orgânicos vão render R$ 80 milhões ao Pão de Açúcar

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Alta prevista para as vendas deste ano é de 40% com a oferta de novos produtos nacionais e importados

 

A busca crescente por alimentos mais saudáveis e a queda no preço dos produtos, resultado do aumento da oferta de itens nas prateleiras, pode render ao Grupo Pão de Açúcar acima de R$ 80 milhões com a venda de alimentos orgânicos. Essa é a perspectiva da rede varejista para este ano ao projetar um crescimento de 40% no faturamento da linha em relação a 2009, quando atingiu R$ 58 milhões coma comercialização desses produtos.

 

Segundo a companhia, omercado mundial de alimentos orgânicosmovimenta cerca de US$ 46 bilhões ao ano, com a Europa sendo responsável por grande parte dessemontante. Apesar de iniciante no segmento, o Brasil oferece atualmente uma linha completa de produtos para todas as refeições, seja no café da manhã, almoço ou jantar. “Está havendouma corrida por alimentaçãomais saudável. Antes,muitos consumidores deixavamde comprar por falta de conhecimento ou de dinheiro, mas esse cenário está mudando”, afirma Sandra Caires Saboia, gerente de orgânicos do Grupo Pão deAçúcar.

 

Novos produtos
Ao longo do ano, a companhia lançará diversas novidades para incrementar seu segmento de orgânicos, que atualmente conta comcerca de 600 itens. Entre elas está uma linha de snacks de frutas liofilizadas (mais úmidas que as frutas secas), frango e carne em porções e diversos sabores de sucos.

 

Além destes produtos, que são obtidos de fornecedores brasileiros, o Grupo Pão de Açúcar amplia seus itens orgânicos com a importação de diversos itens para satisfazer a demanda dos consumidores. Até dezembro deste ano, a empresa comprarámaçã e pera de fornecedores da Argentina e Chile. Outros
22 produtos também serão trazidos para as lojas da rede por meio da linha Bio Casino, da rede varejista francesa que é sócia do Grupo Pão de Açúcar.

 

“Apenas 0,17% da área agriculturável brasileira é de produtos orgânicos. Na Argentina, por exemplo, esse índice sobe para 1,7%.Por isso eles conseguemexportar seus produtos”, afirma Sandra, que ressalta a importância dos investimentos da rede no segmento para manter o cultivo de orgânicos no país. “As famílias produzemcomrecursos próprios, pois o governo não subsidia”, diz. Segundo ela, a produção de um alimento sema utilização de produtos químicos como fertilizantes e pesticidas pode demorar de cinco a dez anos, tempo médio para que o solo seja descontaminado. “Até obter um produto no país, a saída ébuscar itensnoexterior”.

 

Veículo: Brasil Econômico


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