Philips, LG e H-Buster prontas para vender mais televisores

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A indústria de televisores está aquecida e pronta para atender a demanda do mercado gerada pela Copa do Mundo da África do Sul. Empresas como a chinesa H-Buster, e como Philips e LG ampliam a sua produção e apostam no crescimento das vendas.

 

A H-Buster prevê crescimento de mais de 800% em 2010 na produção de televisores de tela LCD e de tela LED. "Este ano é muito importante para nós, não apenas pela Copa do Mundo, mas também graças ao crescimento da economia brasileira e à recuperação das classes, C, D e E", afirma o superintendente comercial da H-Buster, Ricardo Sartori.

 

A companhia entrou no segmento de eletroeletrônicos no Brasil no final de 2008, mas está no mercado automotivo há 12 anos, produzindo rádios para veículos, entre outros produtos.

 

No ano passado, quando a crise internacional ainda afetava o mercado brasileiro, a H-Buster vendeu cerca de 100 mil televisores, mas este ano a previsão é recuperar e ampliar a sua presença no mercado, com a produção de 822 mil aparelhos. "No primeiro trimestre apenas, vendemos 120 mil televisores", comemora o porta-voz da empresa.

 

Ampliação

 

A H-Buster tem fábrica em Manaus (MA) e em Cotia (SP) e produz anualmente 960 mil aparelhos, mas projeta ampliação de sua produção em Manaus no próximo semestre. "Pretendemos alcançar o número de 1, 2 milhão de televisores produzidos por ano", afirma Sartori, que, porém, não indica quando a empresa passará a operar com essa nova capacidade.

 

Cerca de 70% das peças para a montagem dos televisores H-Buster são importadas da China. "Hoje, o componente que mais trazemos da China é a tela plana, pois no momento é inviável para nós fabricá-la no Brasil", afirma o superintendente.

 

A Copa do Mundo também vai movimentar os negócios da Philips do Brasil. Segundo a empresa, este ano foi possível deixar de depender do mercado externo, e os componentes estão sendo fabricados integralmente no Brasil.

 

A empresa produz os equipamentos em Manaus e não divulga dados da companhia. Atualmente, a Philips fabrica linhas de televisores de tela de LCD e de LED.

 

A LG Brasil, por sua vez, afirma que a sua produção de televisores deve crescer 40% em 2010. Para a Copa do Mundo, a empresa terá mais de 30 produtos disponíveis para comercialização. O faturamento da LG no Brasil foi de R$ 5 bilhões em 2009 e a empresa prevê investimentos futuros em atualização de fábricas. A empresa não importa componentes.

 

Atualmente, a LG Brasil é um dos principais negócios da LG Electronics global, estando entre as duas subsidiárias de maior importância da companhia.

 

As expectativas da LG para o ano de 2010 são muito positivas, segundo o diretor de Eletroeletrônicos, Roberto Barboza. "Com a finalidade de incrementar as vendas, aproveitando a demanda impulsionada pela Copa do Mundo, a empresa investirá em ações relacionadas aos segmentos de televisão, áudio e vídeo, e celulares, ", diz Barboza.

 

De acordo com informações do GfK Gruppe, instituto de pesquisa alemão, a LG é atualmente a líder no mercado brasileiro do setor de TVs, do qual detém 30%.

 

Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), no ano passado foram vendidos 9,5 milhões de televisores no País. Neste ano, um período mais otimista graças à Copa do Mundo, a projeção é de que as vendas cheguem a 11,5 milhões de unidades. Na Copa de 2006, quando foram produzidos cerca de 12,6 milhões de aparelhos receptores de televisão, houve um crescimento de 21,7% da produção desses aparelhos, em comparação com 2005.

 

A entidade acrescenta que 60% das vendas de televisores deverão acontecer no primeiro semestre deste ano. Em outros anos, em que não ocorrem jogos mundiais, é no primeiro semestre que se registram 40% das vendas.

 

Notebooks

 

A H-Buster conta que entrará no ramo de notebooks em 2010.

 

"Estamos construindo uma fábrica próxima de Cotia (SP) para fabricar computadores portáteis", diz o superintendente comercial da H-Buster, Ricardo Sartori. Ele revela ainda que a nova fábrica será inaugurada antes do fim do ano, porém não detalha investimento ou produção inicial.

 

Veículo: DCI


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