As recomendações para a Carteira Valor de junho, além das empresas de commodities, trazem ações que sofreram além da conta, ligadas ao mercado interno e que oferecem algum tipo de defesa para o investidor. A grande novidade é a Hypermarcas, empresa do setor de bens de consumo. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da empresa aparecem com duas indicações para o portfólio.
Crescimento orgânico e via aquisições, ganho de escala e foco em segmentos lucrativos como cosméticos e medicamentos justificam a aposta na Hypermarcas, avalia o analista de consumo da Planner, Rafael Burquim. Segundo ele, as perspectivas já eram positivas no início do ano e foram confirmadas no primeiro trimestre.
Burquim cita o aumento robusto de vendas, pelo conceito de mesmas marcas, de 30% no trimestre, puxado pelo aumento de renda das classes C e D. A estratégia de aquisições para ganhar escala propiciará aumento de participação no mercado e custos menores.
Completam ainda a lista as preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco, com três citações, Cyrela Realty ON, Lojas Americanas PN, CCR Rodovias ON e AmBev PN, com duas cada.
O Itaú Unibanco, segundo o analista-chefe da Link, Andrés Kikuchi, foi muito prejudicado com a saída do Bank of America do banco. Lojas Americanas é outra que vem tendo um desempenho fraco, diz a analista-chefe da Spinelli, Kelly Trentin. "Incluí papéis com valor atrativo, ligados ao mercado interno, já que não dá para traçar uma tendência para junho." AmBev, outra indicação da corretora, é uma tentativa de se aproveitar do aumento potencial de consumo de bebida durante a Copa.
Já a CCR, na visão da corretora Ativa, foi a empresa escolhida para ficar exposta ao setor de infraestrutura e se beneficiar do forte nível de atividade da economia brasileira.
Veículo: Valor Econômico