A Aymoré, controlada pelo grupo argentino Arcor, com fábrica e Centro de Distribuição (CD) em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), investirá neste ano R$ 10 milhões, em máquinas e ações de marketing. De acordo com o gerente de Marketing da empresa, Eduardo Schlieper, o montante é proveniente de capital próprio e os equipamentos serão adquiridos de fornecedores nacionais.
Segundo ele, o investimento em máquinas modernas é imprescindível para aumentar a produtividade e reduzir os custos. Conforme Schlieper, o objetivo é diversificar o mix e aproveitar o aquecimento do mercado interno.
O gerente de Marketing destacou que a boa performance dos negócios no início de 2010 fez com que a empresa registrasse um incremento de 5% da receita nos primeiros cinco meses na comparação com igual intervalo do exercício anterior. "O resultado positivo é fruto de campanhas sucessivas e promoções, sobretudo para a Copa do Mundo da África do Sul, que atraíram os clientes", explicou.
De acordo com Schlieper, a crise econômica global não impactou negativamente os negócios da empresa, que contabilizou crescimento de 9% no faturamento frente a 2008. A boa performance se deve ao investimento feito no exercício passado, quando foram aportados R$ 30 milhões em ações de marketing, lançamento de produtos e infraestrutura. "Conseguimos manter as estratégias programadas nos tempos de retração econômica, o que contribuiu para os negócios", explicou.
Atualmente, a empresa opera com 80% da capacidade instalada, que corresponde à fabricação de 330 toneladas de produtos/dia. Segundo ele, a estimativa é de aumentar o volume de produção, tendo em vista a alta demanda pelos produtos. "Com o aquecimento da economia e aumento da renda, a procura ganhou fôlego e é fundamental incrementar o mix de produtos", afirmou.
Conforme o gerente de Marketing, a Capital e a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) detêm 50% de market share no Estado. Os principais mercados da Aymoré são o Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, a empresa projeta prospectar novos clientes no Nordeste, região em franca expansão, com grande potencial de consumo.
De acordo com Schlieper, a exportação corresponde a 15% do faturamento e o percentual poderia ser maior caso o câmbio estivesse favorável. A comercialização é feita com países da América Latina, Europa e África. "Apesar da valorização do real diante da moeda norte-americana conseguimos manter a negociação com os clientes já fiéis à marca", avaliou.
Uma das estratégias para ganhar mercado está na criação de produtos para o público infanto-juvenil, a linha Aymoré Kids. Segundo o gerente de Marketing, o produto foi criado em parceria com a Disney e o próximo passo será fabricação de itens do filme Toy Store 3.
O grupo Arcor, com planta de guloseimas em Recife e de chocolate em São Paulo, além de unidades de biscoitos em Contagem (RMBH) e Campinas (SP), tem em Minas o seu maior mercado consumidor, que corresponde a 30% dos negócios da empresa. O restante é pulverizado nos demais estados.
Em 2004, o grupo firmou uma joint venture com a Danone no ramo de biscoitos na Argentina, Brasil e Chile. A aliança deu origem ao maior grupo no segmento de biscoitos na América do Sul. A sociedade estabeleceu a participação de 51% para a Arcor que desde janeiro de 2005 é responsável pelo gerenciamento e administração das atividades.
A comercialização já é realizada com mais de 120 países em todo o mundo, bem como China, Japão, Estados Unidos, Europa, Rússia, Índia, Arábia Saudita e América Latina. Atualmente, a multinacional argentina é a principal exportadora de guloseimas do Brasil e é líder em vários mercados como chocolate e biscoitos.
Veículo: Diário do Comércio - MG