Marisa cria subsidiária atacadista

Leia em 2min 10s

Procura-se novos fornecedores para a Marisa. Uma das maiores redes de vestuário do país está em busca de confecções nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Ceará para expandir o mix e dar fôlego a seu plano de expansão. Em cada um desses Estados, será instalada a unidade de uma nova subsidiária da Marisa, dedicada ao comércio atacadista. A ideia é captar fornecedores regionais e melhorar a distribuição dos produtos para todo o Brasil, de acordo com as necessidades de cada loja. Hoje, o ponto de venda só recebe as mercadorias que já foram pré-definidas pelo fornecedor 60 dias antes.

 

Com 39 inaugurações previstas este ano, a Marisa teme que as cerca de 450 confecções que atendem a empresa hoje possam não acompanhar sua expansão. "Não temos produto em falta na loja e para que essa situação continue sob controle temos que ampliar a carteira de fornecedores", diz o presidente da Marisa, Marcio Goldfarb.

 

Atualmente, a empresa é dona de 233 lojas em 24 Estados e no Distrito Federal. Com as inaugurações, a Marisa vai chegar aos dois únicos Estados do país onde ainda não está presente - Tocantins e Roraima -, tornando-se a varejista de vestuário com o maior alcance do setor. A C&A tem cerca de 180 lojas em 22 Estados e no DF, enquanto a Renner é dona de 125 pontos de venda em 20 Estados e no DF e, a Riachuelo, de 112 lojas em 21 Estados e no DF.

 

Mais do que diminuir a dependência dos atuais fornecedores, com a nova subsidiária a Marisa testa uma nova forma de distribuição. Cada loja receberá um lote adequado às suas necessidades de cor e tamanho. "Hoje, o fornecedor envia ao centro de distribuição lotes de roupas no cabide, que vão direto para as lojas, com preço, cor e tamanho definidos dois meses antes", diz o diretor financeiro e de relações com investidores da Marisa, Paulo Borsatto. Essa situação tira parte da competitividade da rede, que pode ficar sem o item na cor e tamanho mais procurados.

 

"Agora, os novos fornecedores vão entregar os produtos no cabide e com o preço, mas a cor e o tamanho serão separados para cada loja no centro atacadista", diz Borsatto. Segundo ele, as unidades devem ser inauguradas até agosto e vão atender só a Marisa. Os atuais fornecedores, porém, continuarão enviando para os CDs as roupas já separadas por cor e tamanho.
 

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Indústrias apostam em lojas próprias

Fabricantes investem na venda direta, "pulando" a intermediação de varejistas, para conquistar novos clien...

Veja mais
Cade quer combustíveis em supermercados

Objetivo do órgão é estimular competição no setor e garantir preços mais baixo...

Veja mais
Bompreço oferece 300 novas vagas em Salvador

O Bompreço, rede de supermercados do Walmart Brasil, está com 300 novas vagas de emprego abertas para Salv...

Veja mais
Com novas lojas, rede Antídoto prevê crescer 30%

Especializada em cosméticos naturais para banho, corpo e cabelo, a rede de franquias Antídoto irá i...

Veja mais
Varejo farmacêutico mantém foco em beleza

Enquanto se discute a restrição da venda de produtos de autosserviço nas farmácias e drogari...

Veja mais
Kepler Weber fecha acordo com a Camil

O Grupo Kepler Weber, uma das maiores companhias no segmento de armazenagem de grãos, anunciou ontem que fechou n...

Veja mais
Shoppings têm o melhor período em sete anos

As vendas nos shopping centers cresceram 15,4% no primeiro quadrimestre deste ano, e este é o maior aumento dos &...

Veja mais
Rhodia investe US$ 10 mi em fábrica paulista

Para atender à expansão do mercado têxtil nacional, a gigante francesa Rhodia anunciou investimento ...

Veja mais
Mercado tomaticultor é muito volátil

Cultura possui elevado risco de rentabilidade e alto custo de produção.   O vai-e-vem dos pre&ccedi...

Veja mais