Com a aquisição do Drogão, anunciada ontem, a Drogaria São Paulo passa a ser a maior rede de farmácias do país. O faturamento combinado das empresas em 2009, de R$ 250 milhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente, ultrapassa o da cearense Pague Menos (R$ 1,87 bilhão).
O objetivo é girar R$ 2,5 bilhões em 2010. Segundo Gilberto Ferreira, presidente da Drogaria São Paulo, o número de unidades em shoppings -42 das 72- foi o maior atrativo para a aquisição do Drogão.
"Já há um mix preestabelecido de drogarias nesses centros [de compras]", diz, sobre a dificuldade de conseguir bons pontos nesses locais. Das 254 unidades da Drogaria São Paulo, 5 estão em shoppings.
O consultor especializado em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, afirma que, relativamente, artigos de higiene pessoal e beleza, que oferecem maior margem de lucro, são mais vendidos em farmácias em shoppings do que em unidades localizadas nas ruas.
FUNCIONÁRIOS
Os 1.200 funcionários do Drogão serão incorporados à empresa, que tem 7.500 empregados. Todas as farmácias terão a mesma bandeira em até sete meses.
Os números do acordo não foram revelados. Ferreira só diz que foram pagos 25% em dinheiro e o resto em troca de papéis, com os sócios do Drogão se tornando acionistas da Drogaria São Paulo.
Presente em São Paulo, Rio, Minas Gerais, Ceará e Bahia, a empresa vai abrir mais 34 lojas neste ano.
Segundo Sérgio Mena Barreto, presidente-executivo da Abrafarma, 5.000 farmácias de redes têm metade do faturamento do mercado de medicamentos -outras 59 mil são independentes.
Questionado sobre a concentração do setor, ele diz que "no mundo inteiro é assim".
Veículo: Folha de S.Paulo