Carga aérea deve crescer até 10% em 2010, diz DHL

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Depois de registrar "o pior ano de sua história", com queda de 10,1% em 2009, conforme dados e avaliação da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), a indústria de transporte aéreo de cargas tem potencial para crescer entre 8% e 10% em 2010, estima o presidente mundial do Deutsche Post DHL, Frank Appel. O grupo alemão é controlador da líder mundial em encomendas expressas e logística DHL Express.

 

Ele conta que sua estimativa de crescimento do mercado mundial de transporte de cargas e logística se baseia numa regra que indica que a cada ponto porcentual de crescimento do PIB global, o setor apresenta expansão correspondente a uma vez e meia ou até duas vezes. Sua projeção se baseia na crença de que a economia global tem chances de crescer até 4% neste ano.

 

O balanço do primeiro trimestre do Deutsche Post DHL já mostrou crescimento. A receita global de US$ 15,4 bilhões, aumentou 4,4% em relação aos US$ 14,7 bilhões do mesmo período do ano passado. O lucro líquido deu um salto expressivo, de 85%, para US$ 2,2 bilhões. O Deutsche Post DHL espera lucro operacional de até US$ 2,4 bilhões em 2010, ante US$ 1,9 bilhão de 2009.

 

Para o CEO mundial da DHL, América Latina, África/Oriente Médio e Ásia são as três regiões no mundo que deverão registrar a recuperação mais vigorosa neste ano.
"É muito cedo para dizer se a crise econômica terminou definitivamente, mas fazendo uma análise por regiões, vemos três muito importantes para a companhia, que são Ásia, Oriente Médio mais África e América Latina", afirma Appel.

 

Apesar disso, ele confessa que ficou surpreso com o desempenho do mercado latino-americano. "A América Latina me surpreendeu porque é uma região muito estável, que depende menos do comércio com os Estados Unidos e Europa", acrescentou.

 

Entre os latino-americanos, Appel destaca Brasil e México, os dois países mais importantes para a DHL na região. "Brasil e México serão o motor para o crescimento da América Latina, pois são os dois maiores países da região. O Brasil é muito importante para nós porque tem um grande mercado doméstico", diz Appel.

 

Parte do crescimento da DHL deverá ser obtido com o relançamento de um produto voltado para importações relançado em meados de junho, conforme afirmou em recente entrevista, a diretora de marketing da DHL no Brasil, Juliana Vasconcelos.

 

Batizado como "DHL Import Express Worldwide", o serviço deverá responder por um crescimento de até 15% no volume de encomendas expressas trazidas do exterior para o Brasil, de acordo com estimativa de Juliana. Ela conta que o foco da DHL são cargas de até 70 quilos, como equipamentos, insumos e peças.

 

A DHL vai investir em 2010 € 1,4 bilhão em todo o mundo, segundo Appel. A empresa tem 310 mil funcionários, com presença em 214 países.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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