Pão e Casas Bahia iniciam leitura de novos contratos

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A maior renegociação do varejo brasileiro inicia uma nova fase. A partir de hoje, 30, os principais acionistas do grupo Pão de Açúcar e da Casas Bahia começam a analisar a documentação preparada por cerca de 200 assessores - entre advogados, analistas financeiros e consultores. Cada acionista terá que ler um conjunto de pelo menos dez contratos. Em dezembro, quando foi anunciada a fusão dos dois varejistas, os acionistas tiveram em mãos apenas um contrato.

 

Segundo fontes que acompanham o caso, chegou o momento de a família Klein, controladora da Casas Bahia, decidir se mantém o processo de fusão anunciado no começo de dezembro do ano passado ou não. O processo ficou praticamente congelado nos últimos seis meses pois a família Klein preferiu rever a negociação.

 

Para Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, é a hora de concluir uma negociação cuja primeira fase foi feita relativamente às pressas - quatro meses, entre agosto e novembro do ano passado. Se as partes se acertarem, a renegociação dará origem a um gigante do varejo nacional de eletrodomésticos e móveis, com faturamento anual de R$ 18 bilhões.

 

O que será lido a partir de hoje pelos acionistas é um conjunto de pelo menos dez contratos, sendo que cada um especifica pontos que ficaram em aberto na primeira negociação.

 

A Casas Bahia fez questão de rever três assuntos em especial. Um deles é a governança da nova empresa, a Globex, onde ficaram reunidos os ativos das duas varejistas.

 

Os Klein reclamaram por não terem poder de veto sobre as decisões do sócio, uma vez que são minoria no negócio (49%), apesar de terem nas mãos a presidência da nova empresa.

 

Os controladores da Casas Bahia também querem garantir proteção em relação à volatilidade das ações da Globex, que tem apenas 4,5% do seu capital negociado em bolsa.

 

Mas a principal reclamação diz respeito à diferença no valor dos ativos: Casas Bahia sustenta que o seu valor contábil é de R$ 2,7 bilhões, mas a empresa foi equiparada ao valor de mercado do Ponto Frio (R$ 1,3 bilhão), dono de uma rede menor e com menos ativos.

 

Para ajustar essa conta, os Klein reclamavam um valor maior pelo aluguel das lojas da rede, que tinha sido acordado em R$ 130 milhões ao ano.

 


Veículo: Valor Econômico


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