O setor supermercadista mineiro registrou expansão de 10,5% nas vendas de maio na comparação com igual mês do exercício anterior, acumulando alta de 8,52% no ano. Entretanto, houve um recuo de 0,1% durante maio em relação a abril deste ano. Os índices fazem parte da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis).
Conforme o superintendente da entidade, Adilson Rodrigues, a retração verificada na análise mensal não compromete as estimativas de expansão para 2010, já que a queda não foi expressiva. O executivo aposta que, ao final deste ano, o crescimento das vendas seja da ordem de 6%.
Segundo ele, o quinto mês do ano é tradicionalmente estável em vendas e não há motivos para alarde. "Como foram registrados bons resultados em março, quando o crescimento chegou a 9,4% sobre fevereiro, os supermercadistas acabaram se acomodando e não investindo em promoções mais agressivas", explicou.
Entretanto, o cenário é outro em junho, mês de Copa do Mundo e também de festas juninas. De acordo com Rodrigues, os eventos tendem a incrementar os negócios e a estimativa é de que as vendas possam crescer 2% em relação a maio deste ano. "A movimentação com os jogos é extremamente positiva para o crescimento das vendas, quando aumentam o consumo de bebidas, carnes e petiscos", avaliou.
O superintendente da Amis destacou que na análise por regiões do Estado, a Central registrou o melhor resultado na comparação das vendas de maio com o mês anterior, com elevação de 1,37%, seguida pelo Triângulo (1,36%) e Vale do Rio Doce (1,28%). Em contrapartida, a região Norte registrou queda de 2,14% das vendas no quinto mês do ano frente a abril, juntamente com o Centro-Oeste (2,12%), Sul (1,45%) e Zona da Mata (1,22%).
Em abril, as vendas também registraram expansão, mas de 6,76% em relação ao mesmo mês de 2009 mas houve queda de 2,04% em abril na comparação a março. De acordo com ele, a comercialização de produtos sazonais em março, referente à Páscoa, e o menor número de dias úteis em abril são os fatores responsáveis pela retração.
Empregos - Para 2010, a expectativa da Amis é de criação de 7 mil empregos diretos, mil a mais do que o total registrado em 2009. Se a projeção for confirmada, os trabalhadores do setor no Estado, que hoje tatalizam 126 mil, passariam no final de 2010, para 133 mil funcionários.
Conforme Rodrigues, embora o setor tenha sofrido de forma mais amena os reflexos da retração financeira durante 2009, o quadro foi revertido neste ano. "O impacto negativo já foi absorvido e hoje estamos em condições melhores do que no período que antecedeu a crise", afirmou.
Ao longo do exercício anterior, os investimentos em abertura e reforma de lojas atingiram R$ 150 milhões, incremento de 25% frente à projeção feita no início do ano (R$ 120 milhões) pela Amis. Naquele exercício, o setor gerou 6 mil empregos diretos, o que também ultrapassou a expectativa da entidade, que no começo de 2009 era de 5 mil postos de trabalho.
Veículo: Diário do Comércio - MG