O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai ter de decidir se as alterações feitas pelo Pão de Açúcar e pelas Casas Bahia no processo de união entre as empresas não altera o negócio do ponto de vista concorrencial.
Ontem, representantes das empresas entregaram um documento confidencial ao Cade no qual explicam as mudanças ocorridas no negócio. As empresas defenderam que as alterações societárias feitas nos últimos dias não interferem no acordo assinado com o Cade em fevereiro, pelo qual teriam de manter separada parte de suas estruturas. Pelo acordo, o Pão de Açúcar pode fazer aportes financeiros e societários. Por outro lado, as empresas não podem fechar lojas, terão de manter as marcas e os níveis atuais de investimentos em propaganda e marketing até o julgamento final do negócio.
Nos últimos dias, o Pão de Açúcar fez um aporte de R$ 600 milhões na Globex, a empresa que vai unir os ativos das redes Ponto Frio, Extra Eletro e Casas Bahia. O controle da Globex continuou com o Pão de Açúcar, que aumentou a sua participação de 51% para 53%. Os demais 47% estão com a família Klein, dona das Casas Bahia.
As empresas defenderam ao Cade que essa alteração foi meramente societária e, portanto, não vai causar impactos na concorrência. A tendência inicial é o Cade concluir que foi apenas uma alteração societária, sem novos impactos para a concorrência.
Veículo: Valor Econômico