As vendas da Danone Brasil cresceram 14% em volume no primeiro semestre de 2010, segundo Mariano Lozano, presidente da companhia francesa no país. "A Danone Brasil apresentou taxa de crescimento duas vezes maior que a média de crescimento do grupo, garantida pelo crescimento contínuo de dois dígitos em suas operações no país", disse o executivo, ontem, ao Valor .
Globalmente, as vendas do grupo no primeiro semestre, conforme relatório divulgado ontem, subiram 7%, para €8,4 bilhões. A maior divisão, a de lácteos frescos, teve faturamento 7,1% maior, alcançando € 4,8 bilhões.
"Especificamente na região Nordeste, a Danone tem alcançado um desempenho duas vezes maior que o restante do Brasil", diz Lozano. Segundo ele, há dois anos a empresa atinge índices de crescimento "consideráveis" nessa região. No ano passado, a alta foi de 33%. Em 2008 foram 36%, em relação a 2007.
Na divisão de lácteos, os produtos que tiveram melhor desempenho de vendas no semestre, segundo Lozano, são as linhas Activia, Actimel e Danoninho.
No Brasil, a divisão "Baby Nutrition" também foi apontada pela matriz como umas das que tiveram maior crescimento no grupo. "No primeiro semestre de 2010 a Danone Baby Nutrition alcançou crescimento acima de 50% se comparado ao mesmo período de 2009", diz Gustavo Hildenbrand, presidente da Danone Baby Nutrition no Brasil. A divisão produz alimentos receitados por médicos para bebês com necessidades especiais.
"O resultado expressivo é impulsionado especialmente pelo reconhecimento alcançado junto à comunidade médica no Brasil em relação à qualidade da linha de produtos de nutrição infantil. Houve também expansão e qualificação da distribuição dos produtos, presentes nos canais fármaco e no varejo", diz Hildenbrand.
Mundialmente, o lucro da multinacional subiu 10% no primeiro semestre. A empresa registrou ganho líquido de €848 milhões nos seis meses terminados em 30 de junho, acima dos €722 milhões de euros do ano passado.
Em comunicado, a Danone disse que tal desempenho sinaliza crescimento de vendas de pelo menos 6% em 2010, sendo que a previsão anterior era de alta de pelo menos 5%. O faturamento do grupo, segundo afirmou Franck Riboud, presidente mundial da companhia, deve crescer mais rapidamente do que o esperado para este ano.
Veículo: Valor Econômico