Ouro Verde cresce na armazenagem de cargas na região Sul

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Companhia amplia presença em Paranaguá, entra no porto de Itajaí e negocia área em Rio Grande

 

A Ouro Verde, empresa de transporte e logística com sede no Paraná, está ampliando sua atuação nos portos da região Sul. Depois de ter adquirido, há dois anos, a Martini Meat, companhia de armazéns instalada em Paranaguá (PR), ela acaba de comprar também a Refribras, que atua com carga frigorificada em Itajaí (SC), por R$ 30 milhões, e está negociando uma área no porto de Rio Grande (RS), onde pretende usar R$ 50 milhões para montar sua estrutura de operação para carga frigorificada e seca. Todo esse reforço na área logística faz parte de um plano maior da companhia, que inclui aumento da frota para locação de veículos leves, máquinas e equipamentos, na qual o grupo investiu R$ 280 milhões em 2010, cerca de 33% mais que no ano passado.

 

A empresa paranaense tem passado por diversas mudanças nos últimos meses. O diretor-superintendente, Karlis Kruklis, ex-vice-presidente de finanças da empresa de telefonia GVT, também do Paraná, trabalha em três frentes: capacitação de pessoas, tecnologia e investimentos que tragam mais receitas.

 

"A empresa cresce na velocidade das pessoas", diz o executivo, apresentando um gráfico que mostra aumento de 25,6% na receita do primeiro semestre, na comparação com igual período de 2009. "A empresa completa um ciclo de profissionalização com crescimento recorde", ressalta Kruklis, que espera mais para o ano. A intenção é que o grupo salte dos R$ 400 milhões em faturamento obtidos em 2009 para R$ 540 milhões, em 2010. Está nos planos vencer a barreira de R$ 1 bilhão em 2013, quando a empresa completará 40 anos de fundação.

 

Kruklis participou do lançamento de ações da GVT, em 2007, e conta que a Ouro Verde, atualmente uma S.A. de capital fechado, está preparada para seguir no mesmo rumo da companhia de telecomunicações. "Mas dá para esperar mais um pouco", acrescenta o executivo, sobre a intenção de engordar os resultados antes de ir para a bolsa de valores. Enquanto isso, Kruklis está de olho nas oportunidades que estão surgindo, em especial na locação de equipamentos pesados para obras de infraestrutura, segmento que mais tem crescido em receitas e em investimentos e que responde por um terço do resultado.

 

Hoje, segundo o executivo, outro terço do faturamento é obtido com locação de veículos leves, com terceirização de frota para empresas e, mais recentemente, com contratos de aluguéis eventuais para pessoas físicas e jurídicas. O restante é resultado de atuação em transporte e logística, área que já teve representação maior nos resultados, de mais de 50%.

 

Kruklis conta que a Ouro Verde possui 10 mil veículos de passeio e, de acordo com seus cálculos, ocupa a terceira posição em locação de frota, atrás apenas de Localiza e Unidas. Outros três mil veículos da frota são alugados para o segmento de etanol, como tratores e colhedoras de cana. Mais mil são usados em operações logísticas, em contratos com grandes grupos das áreas de vidro, produtos químicos e petroquímicos, papel e celulose, alimentos e bebidas.

 

A principal fonte de financimento da empresa é o BNDES. Nos próximos dias a empresa deve lançar também debêntures, no valor de R$ 75 milhões, com vencimento em quatro anos, para reforçar o caixa e alongar o capital de giro.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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