Devido ao avanço de ações de bandidos em shopping centers e joalherias brasileiras, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) realizará no próximo dia 29 deste mês, no Hotel Renaissance, em São Paulo, o I Fórum Alshop - Segurança em Shoppings e Perdas no Varejo. O evento tem como objetivo analisar os últimos acontecimentos envolvendo a segurança dos empreendimentos.
"A indústria de shoppings vê o assunto com muita preocupação e investe anualmente cerca de R$ 3 milhões no sentido de tornar ainda mais eficaz a segurança de empreendimentos, lojistas e consumidores. Esperamos que este Fórum seja a porta de entrada para a criação de novas ações a respeito do assunto", comentou o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.
Ação efetiva
Após uma série de roubos a joalherias de shoppings e a morte de um vigia em um dos roubos, os centros de compras apostam em segurança armada. A Alshop também não vê restrição na medida, desde que ela sirva apenas para inibir a ação de criminosos.
O serviço, segundo o shopping, só funciona na área externa e é feito por empresa terceirizada fora do horário comercial. O Shopping Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, alvo de assaltos entre maio e julho deste ano, investiu em equipamentos e reformulou seu plano de segurança. Foram comprados alarmes e o número de vigilantes aumentou. Eles também fizeram cursos sobre como agir em momentos de pânico.
No Shopping Cidade Jardim, no Morumbi, também na zona sul, alvo de dois roubos, em maio e junho, uma guarita blindada foi instalada no acesso. A administração contratou 50 homens para reforçar a vigilância.
O diretor de Relações Institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva, diz que o reforço na segurança após os crimes é algo "lógico". Ele citou o caso dos EUA, onde o uso de armas por vigias dentro dos shoppings é comum. Sobre a Alshop, a associação busca adotar semanalmente medidas para melhor o segmento, e representa hoje 96 mil lojistas nos 725 malls instalados no País. A entidade funciona desde 1994.
Veículo: DCI