As fábricas de brinquedo do Grande ABC estão mais otimistas do que a média nacional em relação ao volume de vendas para o Dia das Crianças. Em geral, a expectativa é de crescimento de até 15%, enquanto a Abrinq (Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos) projeta expansão entre 6% e 7%.
E neste ano, como ocorrido em 2009, o personagem desenho animado Ben 10 deve ser a bola da vez para a mauaense Líder Brinquedos. A empresa mantém o licenciamento para utilizar a imagem do garoto que se transforma em vários monstros.
Segundo gerente de vendas, Júnior Muzilli, os brinquedos com a marca contribuirão para manter a média consecutiva por três anos. "Os contratos já firmados e os estimados para o Dia das Crianças devem gerar alta de 15% no volume de vendas", diz.
Ele acredita que a linha Hot Wheels - famosa marca de réplicas de carros poderosos - e Barbie - as loiras mais lembradas pelas meninas - também vão estimular as vendas.
O período que o varejo fecha os contratos com as fábricas de brinquedos para a data comemorativa vai até a primeira quinzena de setembro. Por isso, algumas empresas não fecharam todas as vendas.
No entanto, o faturamento das indústrias depende da demanda dos consumidores. Pois as companhias varejistas, geralmente, pagam as fábricas posteriormente ao Dia das Crianças.
TABULEIRO
Conhecida pelos jogos de tabuleiro - como War, Imagem & Ação e Scotland Yard -, a Grow, localizada em São Bernardo, prevê acréscimo mais tímido. "Fechamos cerca de 70% dos contratos para o Dia das Crianças. E a expectativa é que as vendas superem em 10% o resultado de 2009, tendo em vista viemos de crescimentos nos anos anteriores", explica o gerente de marketing, Gustavo Arruda.
A importadora de São Caetano Giroflê atende, principalmente, a demanda de pequenas lojas. Segundo o diretor, Renato Camargo Valery, diferentemente do que ocorre com as indústrias, ele não depende de pedidos para fabricar os produtos, pois cria estoque, já que importa-os. "Aguardo alta de 10% nas vendas."
BRASIL
O presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, explica que a entrada de produtos chineses no País prejudicam o setor. "Só chegaremos aos 7% porque lutamos para ganhar espaço dos brinquedos da China."
Veículo: Diário do Grande ABC