Vilma prevê um crescimento de 10%

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Encomendas típicas do fim de ano elevam expectativas de alta do faturamento no segundo semestre. 

 

As vendas típicas de final de ano devem incrementar os negócios da Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A, controladora da marca Vilma Alimentos. De acordo com o presidente da companhia, Domingos Costa, a expectativa é de que haja alta de 10% nas encomendas a partir de outubro, o que deve aumentar, na mesma proporção, o faturamento do segundo semestre na comparação com o primeiro.

 

A estimativa do empresário é de encerrar 2010 com faturamento de R$ 435 milhões, o que representa incremento de 7% na comparação com o resultado do ano passado. Ele acredita que o lucro líqüido da empresa neste exercício voltará aos patamares de 2008 (R$ 25,282 milhões). Em 2009 a Vilma Alimentos registrou resultado de R$ 10,707 milhões, ou seja, houve uma retração superior a 50% em relação ao ano anterior.

 

Conforme Costa, a projeção de crescimento das vendas para os últimos meses do ano está dentro do previsto e se baseia no incremento natural decorrente da sazonalidade do período. "Na verdade, não há nenhum fenômeno de vendas no mercado alimentício. Estamos mantendo uma rota natural de crescimento", disse.

 

Mesmo assim, ele disse que o momento é de otimismo frente às novas perspectivas da economia brasileira. "Agora existem as condições propícias para que as vendas sigam crescendo de forma natural, sem percalços, impulsionadas, principalmente, pelo aumento do poder de compra dos consumidores", analisou.

 

Minas Gerais é o principal mercado consumidor da Vilma, absorvendo 75% da produção. Em seguida aparece o Nordeste, com 7%. O restante é pulverizado pelo país. Conforme Costa, o mercado externo não está nos planos da empresa em função da infraestrutura atual. Segundo ele, seria preciso fazer melhorias nas instalações. "Para atender à demanda interna e externa necessitaríamos de maior diversificação de mix, além de ampliar nossa capacidade de armazenamento", disse.

 

Em 2008 a Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A adquiriu a marca Pirata Alimentos. O valor da transação não foi divulgado. O objetivo, conforme Costa, foi ampliar a participação no mercado. De acordo com ele, no primeiro semestre deste ano o faturamento da Pirata Alimentos cresceu 16% frente a idêntico intervalo do exercício passado.

 

Pirata - A companhia adquiriu, recentemente, um terreno para a construção da fábrica da Pirata Alimentos, hoje em funcionamento na planta da Vilma Alimentos, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A área, de 80 mil metros quadrados está localizada a um quilômetro da unidade atual e também irá abrigar o depósito da empresa. O valor do investimento não foi revelado.

 

Conforme Costa, a meta para este exercício continua sendo a conquista de novos mercados em decorrência da conclusão de aportes de R$ 55 milhões na ampliação do parque de máquinas, principalmente na área de massas e em ações de marketing. Cerca de 25% desses recursos vieram do próprio caixa da empresa e o restante foi obtido através de financiamentos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

 

Os recursos também foram utilizados na aquisição de um terreno de 14 mil metros quadrados, ao lado da fábrica, onde foram construídos novos galpões para armazenamento de produtos. Os recursos já foram integralmente aplicados.

 

Atualmente o mix de produtos da Vilma Alimentos é de mil itens. O carro-chefe da marca é a produção de massas, que corresponde a 33% do faturamento, seguido pelas misturas prontas (24%), refrescos (23%) e farinha pré-misturada (20%). A capacidade de produção de massas da Vilma hoje é de 8 mil toneladas/mês. A indústria gera 1,6 mil empregos diretos.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG

 


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