O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, garantiu que a crise internacional e o aumento nas commodities (produtos com cotações no mercado mundial), especialmente do trigo, não causarão aumento nos alimentos.
"Acho que, por enquanto, a crise está desvinculada do preço. Não acredito que haja uma reação em curto prazo de aumento em função da crise", disse ontem ao participar de audiência pública no Senado sobre zoneamento agrícola.
Segundo ele, as commodities agrícolas devem ser as últimas atingidas pela crise. "As pessoas vão continuar comendo. Elas vão restringir outros gastos, outras commodities. Principalmente ferro, níquel e aço. O alimento deve ser o último item a ser atingido. A atual demanda vai se manter. Tudo vai manter da produção. Em princípio, a produção deverá ser boa." O ministro acrescentou que não se pode fazer projeções sobre aumento de preços com o mercado "altamente nervoso". "Não podemos raciocinar com o aumento do dólar, dentro do mercado altamente nervoso no momento. Não há nenhuma razão lógica para que o dólar se mantenha nesse patamar. É possível que, depois de passar o nervosismo, o dólar tenha outro patamar. É difícil raciocinar em cima disso", disse.
Ele também reconheceu que a procura por alimentos no mundo pode cair próximo ano por causa da crise financeira internacional. Segundo ele, o aumento previsto de até 5% da demanda mundial por alimentos pode apresentar uma redução.
Veículo: DCI