Vilma investe mais de R$ 2 milhões em novos produtos

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Objetivo da empresa mineira é aumentar o mix de massas e atingir um público diferenciado, como os restaurantes. 

 

A Vilma Alimentos, marca controlada pela Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), está investindo mais de R$ 2 milhões, provenientes de capital próprio, na criação de novas linhas de produção. De acordo com o presidente da companhia, Domingos Costa, o objetivo é aumentar o mix de produtos da empresa e diversificar o mercado de atuação, já que os novos itens serão direcionados, principalmente, ao segmento de restaurantes.

 

"Estamos lançando a linha gourmet, que conta com uma série de produtos diferenciados, voltados para a alta gastronomia. São massas como canellone, parafusone, conchiglioni e lasanha, utilizadas em pratos mais sofisticados e que atingirão um público diferente daquele que estamos acostumados a lidar", disse.

 

Os recursos foram aplicados na aquisição do maquinário, que inclui secadores de massas, prensas e cortadoras, importadas da Itália. Segundo ele, inicialmente, a produção será em pequena escala, visando à adaptação ao mercado. Somente depois a empresa fará novos investimentos, tanto no aumento da produção quanto no lançamento de novos produtos da linha gourmet.

 

"O processo de fabricação destes itens será diferenciado, uma vez que se tratam de massas essencialmente artesanais. O aumento da produção e da disponibilidade dos produtos no mercado vai acontecer de acordo com a demanda e com a adaptação dos clientes", ressaltou.

 

Com a nova linha, o mix de produtos da Vilma Alimentos baterá a marca de mil itens. O carro-chefe é a produção de massas, que responde po 33% do faturamento, seguido pelas misturas prontas (24%), refrescos (23%) e farinha pré-misturada (20%). A capacidade de produção de massas da Vilma é hoje de 8 mil toneladas/mês. E a indústria gera 1,6 mil empregos diretos.

 


Participação - Minas Gerais é o principal mercado consumidor da Vilma, sendo responsável por 75% da produção. Em seguida aparece o Nordeste, com 7%. O restante é pulverizado pelo país. Conforme Costa, o mercado externo não está nos planos da empresa, em função da infraestrutura atual. Segundo ele, seria preciso fazer melhorias nas instalações para atender ao mercado internacional. "Para atender à demanda interna e externa necessitaríamos de maior diversificação de mix, além de ampliar nossa capacidade de armazenamento", justificou.

 

A estimativa do empresário é de encerrar 2010 com faturamento de R$ 435 milhões, o que representa aumento de 7% em relação ao desempenho registrado no ano passado. Conforme Costa, a estimativa é de que o lucro líqüido da empresa neste exercício volte aos patamares de 2008, quando foi registrado lucro de R$ 25,282 milhões. Já em 2009 a Vilma Alimentos registrou resultado de R$ 10,707 milhões. Isso representou uma retração superior a 50% em relação ao exercício anterior.

 

De acordo com ele, a projeção de crescimento das vendas para os últimos três meses deste ano está dentro do previsto no início de 2010 e se baseia no incremento natural, decorrente da sazonalidade do período. "A expectativa é de que haja alta de 10% nas encomendas a partir de outubro, o que deve aumentar, na mesma proporção, o faturamento do segundo semestre na comparação com o primeiro", apostou.

 

Em 2008, a Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A adquiriu a marca Pirata Alimentos. O valor do negócio não foi divulgado. O objetivo, conforme Costa, também foi ampliar a participação no mercado. De acordo com ele, no primeiro semestre deste ano o faturamento da Pirata Alimentos cresceu 16% frente a idêntico intervalo do exercício passado.

 

Além disso, a companhia adquiriu, recentemente, um terreno para a construção da fábrica da Pirata Alimentos, hoje em funcionamento na planta da Vilma Alimentos, em Contagem. A área, de 80 mil metros quadrados, está localizada a um quilômetro da unidade atual e também irá abrigar o depósito da empresa. O valor do investimento não foi revelado.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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