Evento debate riscos para as agências em meio à turbulência globalNo terceiro e último dia do evento que reuniu profissionais de marketing e comunicação do país, o Maximídia 2008 abordou como as agências estão fazendo para superar o momento de crise mundial, desenhado depois do pânico com a quebra de bancos americanos.
Quatro profissionais de grandes empresas mostraram opiniões divergentes sobre como estão fazendo para enfrentar o cenário atual. Dalton Pastore (Abap), Fábio Fernandes (F/Nazca S&S) e Luiz Lara (Lew’LaraTBWA) defenderam a idéia de que a indústria nacional é competitiva e que, enfrentando os medos e com soluções criativas, é possível fortalecer marcas. Nizan Guanaes (Grupo ABC) foi na contramão, afirmando que “o momento é de guerra”.
– Temos de aplicar técnicas de gestão nas agências, pensando no nosso negócio também e não apenas no do cliente. Não somos empresas sem fim lucrativo. Está na hora de apostar em tudo o que é sólido e deixar o invencionismo para depois – salientou Guanaes, em palestra em São Paulo.
Em Porto Alegre, estudantes e profissionais acompanharam as discussões por telão, no teatro do CIEEE. Quatro profissionais gaúchos discutiram soluções para a crise. Para Carlos Albuquerque, diretor da DCS, a crise é momentânea e a competência e ousadia são fundamentais para a sobrevivência. Carlos Araújo, diretor-geral de mercado do RS, do Grupo RBS, defendeu que o vínculo com o cliente é primordial:
– O que muda são as atitudes que vamos tomar daqui para a frente. Não podemos ficar na zona de conforto. O que garante o sucesso é o vínculo que criamos com nossos clientes. Sempre temos o que melhorar.
O consultor e conferencista Stephan Kanitz, criador da Melhores e Maiores da Revista Exame, traçou um cenário positivo e sólido para o Brasil na crise:
– O país tem uma reserva de US$ 200 bilhões. Ano após ano, o lucro das 500 maiores empresas se mostra consistente e resistente. Então, este é o momento da publicidade.
Veículo: Zero Hora - RS