Este ano, o consumo de macarrão no Brasil deve dar um pequeno salto. Segundo expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima) as vendas devem chegar a 1,2 milhão de toneladas, 3% a mais que em 2009. Para 2011, a expectativa é crescer de 4% a 5%. Os percentuais podem parecer modestos, mas há cinco anos o volume de massas consumidas no Brasil cresce em média bem menos: 1% ao ano. Mesmo sendo o terceiro maior produtor do mundo, o Brasil está em 13 º lugar em consumo per capta, segundo a Abima.
"Nosso desafio é elevar o consumo mostrando que massa não engorda e que a macarronada do domingo não é a única maneira de consumir o alimento", diz Claudio Zanão, presidente da Abima.
Na semana passada, 440 produtores de massas de 20 países, incluindo os 50 do Brasil, participaram do Congresso Mundial de Massas. O evento, que ocorre a cada cinco anos, foi realizado pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro, de 24 a 27 de outubro. "Uma das conclusões do congresso é que é preciso mostrar para o consumidor que há novas maneiras de consumir o produto", diz Zanão. "Na Itália há mais de 500 formatos de massas. Aqui são cerca de 30".
A associação tem se esforçado para derrubar a ideia de que macarrão engorda. "Do mesmo modo que a indústria de bebidas diz 'beba com moderação', a de alimentos deveria dizer 'coma com moderação", diz. Neste ano, a Abima distribuiu mais de 1,5 milhão de "espaguetômetros" (para medir a porção de massa por pessoa) para consumidores que comprassem quatro pacotes de massa de produtores associados. (LC)
Veículo: Valor Econômico