Pouco conhecida fora do Paraná, a rede Condor, 11º maior grupo supermercadista do Brasil, elaborou um plano para inaugurar três lojas por ano até 2014, num investimento calculado em R$ 360 milhões. Ao final desse período, o Condor, dono de receitas de R$ 1,4 bilhão em 2009, pretende atingir o objetivo de aumentar em 40% o seu faturamento, chegando a R$ 2 bilhões. Além da abertura de novas lojas - a 30ª unidade do grupo será inaugurada até o final do ano no bairro da Água Verde, na capital paranaense -, o Condor está reformando e ampliando sua estrutura. O centro de distribuição (CD), localizado em Curitiba, passou por uma ampliação concluída no ano passado, assim como outras duas lojas, uma na capital e outra em Ponta Grossa. "Com a reforma, o CD tem capacidade para acompanhar o crescimento da rede lojas", diz Pedro Joanir Zonta, presidente do Condor. "Já o investimento nas lojas mantém nosso padrão de atendimento."
Segundo Zonta, o motivo dos investimentos é o aumento do consumo de vários estratos sociais. "Não são apenas os emergentes que estão puxando o setor", diz ele, que preside a Associação Paranaense de Supermercados. "Está havendo também um refinamento dos hábitos de consumo, com aumento de gastos nas compras familiares."
Fundado por Zonta em Curitiba há 37 anos, como um pequeno estabelecimento de secos e molhados, o Condor conta com 29 unidades, todas instaladas no Paraná, das quais 16 são supermercados e 13 hipermercados e mais de 7 mil funcionários.
Além de Curitiba, o Condor está presente em dez cidades paranaenses. Apesar de ter uma participação significativa no mercado local, onde é a terceira maior rede de supermercados em faturamento, atrás apenas do Walmart e da também paranaense Super Muffato, o Condor, pelo menos a médio prazo, não deve fincar sua bandeira fora do Paraná, mantendo a vocação regional. "Ainda há muito espaço para crescimento no Estado", afirma Zonta.
Outra pista. Piloto amador de raly no final da década de 1980, o fundador do Condor é pai do piloto Ricardo Zonta, que chegou a competir na Fórmula 1 e atualmente está na Stock Car. Não foi só a paixão pela alta velocidade que Zonta passou ao filho: embora ainda se mantenha em atividade nas pistas, Ricardo está sendo preparado para suceder ao pai no comando da empresa familiar. "Há três anos, o Ricardo participa das reuniões com os fornecedores", diz Zonta, que também conta com a ajuda das filhas Andréa e Sandra no dia a dia do Condor. "Tenho orgulho de meus filhos gostarem da empresa e terem vontade de continuar esse negócio."
Veículo: O Estado de S.Paulo