Credores com garantias reais da Indústria de Alimentos Nilza vetaram, por unanimidade, as alterações no plano de recuperação judicial da companhia, votadas ontem durante assembleia realizada em Ribeirão Preto (SP). Mas a posição não deve impedir a venda à Airex Trading.
Com sede em Manaus e escritório em São Paulo, a Airex foi criada recentemente para ser uma holding especializada em recuperação de empresas em dificuldades financeiras ou em recuperação judicial, de acordo com o sócio da companhia, o advogado Sérgio Antonio Alambert.
Os credores trabalhistas aceitaram a proposta por unanimidade e entre os credores sem garantia real a aprovação atingiu 59,78% dos presentes.
Apenas o Banco do Brasil e a Aga Pallets votaram entre os credores com garantias reais, ambos contra. O representante do ABN Amro se absteve.
Pela proposta, a Airex assumirá os 65% da participação acionária do empresário Adhemar de Barros Neto na Nilza. A empresa pagará a dívida trabalhista já vencida de R$ 5,185 milhões, incluída no plano de recuperação judicial da companhia e injetará R$ 9 milhões para a Nilza voltar a produzir leite longa vida em até dois meses dias, nas unidades de Ribeirão Preto e Itamonte (MG).
O restante da dívida incluída na recuperação judicial - R$ 214 milhões - será pago em dez anos, em parcelas mensais, com carência de 15 meses, exceto os fornecedores de leite, que receberão em seis meses após dois meses do negócio concretizado.
Veículo: DCI