Suggar expandirá linha de importados

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Indústria negocia 153 produtos, dos quais apenas nove são fabricados no Brasil.

 

A Suggar Eletrodomésticos, com planta no Distrito Industrial de Olhos D’Água, em Belo Horizonte, vai continuar investindo na ampliação do mix de produtos importados em 2011. De acordo com o diretor-presidente da indústria, José Lúcio Costa, a meta é incrementar o atual índice - de 144 produtos estrangeiros - em pelo menos 39%, o que corresponderia à comercialização de mais de 200 itens vindos do exterior no próximo exercício. Atualmente, a empresa vende 153 produtos, dos quais apenas nove são fabricados no Brasil.

 

Com 33 anos de mercado, a Suggar iniciou suas atividades com a fabricação de apenas um produto nacional e atingiu nove neste período. Já os importados eram apenas nove em 2007. A importação ocorre em todas as linhas de produtos da empresa, desde as mais nobres, chamadas de "Linha Premium", como adegas climatizadas e máquinas de gelo, até os populares de maior comercialização, como grills e ferro elétrico.

 

"Sei que acabo gerando empregos fora do país, mas o mercado exige um preço competitivo e esta é a forma mais viável, já que no Brasil a produção, ao invés de ser incentivada, é onerada", justificou.

 

Ainda conforme Lúcio Costa, outra novidade no que se refere às importações previstas para 2011 serão as linhas de atuação. De acordo com ele, o objetivo é de até o fim do exercício já estar comercializando produtos eletrônicos de cuidados pessoais, tais como secador de cabelo, barbeador, depilador, balança de banheiro, entre outros itens. "Muitas vezes a ideia de trabalhar com novos produtos nasce dos próprios clientes, já que eles nos dizem quais são os itens mais procurados", afirmou.

 
 
Tendência - Outro segmento em que a Suggar pretende atuar nos próximos anos é o de eletroeletrônicos, por meio da comercialização de itens de áudio e vídeo. No entanto, ele ressaltou que isso não deverá se concretizar em 2011, por uma questão de infraestrutura.

 

"Ainda temos algumas restrições a esta linha, pois nossas assistências técnicas, que compreendem cerca de 894 postos por todo o país, não estão suficientemente preparadas para atender as especificações do setor. Sendo assim, preferimos adiar um pouco estes investimentos e guardá-los para, quem sabe, 2012", explicou.

 

Além disso, mesmo com a tendência de importação cada vez mais forte, em 2011, ele dará continuidade aos aportes de cerca de R$ 160 milhões que estão sendo realizados em Camaçari, na Bahia. Os recursos do investimento, que inclui a instalação de um centro de distribuição no Estado, foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

 

Porém, Costa informou que o início das operações, que estava previsto para o próximo exercício, deverá acontecer somente em 2012, em virtude do atraso na instalação de fornecedores de insumos para a empresa na região. Mas lembrou que a expansão da empresa na Bahia é uma questão estratégica.

 

"Fabricamos no Brasil apenas máquinas de lavar, adegas, coifas e fornos. São eletrodomésticos muito lucrativos, e todos são produtos grandes, que ocupam muito espaço, tornando-se mais caros para importar. Além disso, o Estado nos oferece várias outras vantagens como benefícios fiscais, portos e polo petroquímico, de onde compraremos plástico. Nossos principais concorrentes estão no Nordeste e o mercado da região é muito bom. Cerca de 70% da população não possuem máquina de lavar", destacou.

 

Em relação ao desempenho dos negócios ao longo de 2010, Lúcio Costa explicou que foi bastante positivo, em virtude principalmente, da ascensão das classes C e D no país. Segundo o industrial, ao que tudo indica, a Suggar vai encerrar o ano com alta de 50% no faturamento deste ano na comparação com o registrado no exercício passado. "Para 2011 vamos trabalhar para manter o mesmo ritmo de crescimento", ressaltou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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