Valorização do dólar em relação ao real ajudou a sustentar cotações internas em setembro
A valorização do dólar em relação ao real contribuiu para sustentar as cotações internas do café em setembro, apesar da forte queda dos contratos futuros na Bolsa de Nova York. Em setembro, os futuros de arábica em Nova York, com vencimento em dezembro, caíram 10,5%. O dólar subiu 16,5% no período, fechando o mês em R$ 1,902. O indicador de preço de arábica do Cepea/Esalq, para o tipo 6, bebida dura para melhor, teve média de R$ 261,58 a saca de 60 quilos em setembro. O resultado representou alta de 5,11% sobre o mês anterior, informam pesquisadores do Cepea.
Os pesquisadores estimam que 80% da produção mineira de café, a maior do País, havia sido colhida até o fim do mês passado. Em São Paulo e Paraná, restavam 10% da produção a ser colhida. Segundo a Emater-MG, chuvas de granizo em meados de setembro prejudicaram cerca de 20 mil hectares das lavouras do sul de Minas e da Zona da Mata.
O Cepea observa, no entanto, que a proporção dos danos não deve interferir na safra 2009/2010, levando em conta que a área danificada corresponde a menos de 2% do parque cafeeiro daquele Estado. Os pesquisadores informam, ainda, que na segunda quinzena de setembro novas floradas de robusta abriram no Espírito Santo. Por enquanto, duas floradas principais já ocorreram. Conforme o Cepea, a partir de agora será essencial clima mais úmido para garantir o desenvolvimento uniforme dos grãos.
Veículo: O Estado de S.Paulo