As incertezas sobre a capacidade de abastecimento de café por parte dos países da América Central e da Colômbia ainda deixa os preços da commodity bastante instáveis no mercado internacional. A expectativa de que a produção colombiana fique abaixo de 9 milhões de sacas em 2011 e redução da oferta da América Central por conta de problemas climáticos tem atraído novos compradores, principalmente diante da crescente demanda pelo produto em praticamente todos os mercados.
Ontem, na bolsa de Nova York, os contratos com vencimento em março terminaram o dia cotados a US$ 2,2465 por libra-peso, em leve queda de 65 pontos (0,3%). Apesar da modesta retração, ainda no pregão de segunda-feira, logo após a abertura dos negócios, os preços atingiram o patamar de US$ 2,2695 por libra-peso, o mais elevado desde junho de 1997, segundo a Bloomberg, indicando a forte volatilidade que tem sido registrada ao longo das últimas semanas.
Analistas dizem não saber ao certo até onde os preços poderão chegar, já que ainda existe a possibilidade de fundos serem atraídos pela tendência positiva do mercado. "Creio que a base dos preços ficará em US$ 2,00 por bushel e que as oscilações acontecerão acima desse nível, mas os fundos podem mudar tudo isso", disse um operador do Brasil.
No mercado doméstico as perspectivas também são de alta. Ontem, o indicador Cepea/Esalq terminou o dia valendo R$ 398,91 por saca, alta de 0,12%, porém, o valor diário mais elevado da série histórica do indicador, iniciada em 1996. (AI)
Veículo: Valor Econômico