Depois de um ano em que os preços ao produtor subiram 6% a 7% em relação a 2009 e os custos foram 0,8% menores na mesma comparação, a expectativa é de mais um período de cotações firmes para o leite. Os custos de produção, porém, devem ser mais altos, estima Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria. A razão é a perspectiva de preços firmes para commodities como milho e soja. "A margem do produtor melhorou em 2010, mas deve ser mais apertada ano que vem", afirma o analista.
Neste mês, o preço do leite pago aos produtores do país voltou a subir. O valor do produto - entregue em novembro - foi R$ 0,73 por litro na média nacional, 1,67% acima do mês anterior, quando fechou em R$ 0,718 por litro, conforme o levantamento da Scot.
Segundo ele, a produção começou a crescer na segunda quinzena de novembro, permitindo a recomposição de estoques dos laticínios. Mas isso não foi suficiente para derrubar os preços. Uma razão é que a demanda por alguns itens, como leite e iogurtes, ainda é estável, superando as expectativas.
Para janeiro e fevereiro, quando a produção de leite tem seu pico e a demanda costuma perder força, a expectativa é de que as cotações fiquem de estáveis a baixas. O preço do longa vida no atacado já começou a cair. Segundo a Scot, em dezembro, o litro ficou em R$ 1,70 no atacado, abaixo dos R$ 1,73 de novembro.
Veículo: Valor Econômico