Fabricantes de produtos de informática trancaram, há sete dias, a venda de computadores de mesa, notebooks e outros itens da linha para as redes de eletrodomésticos. As lojas estão vendendo somente o estoque comprado há um mês. A lógica da indústria é que, em meio à confusão generalizada no mercado financeiro e cambial, não se sabe em que valor se estabilizará a cotação do dólar. Valendo acima de R$ 2,00, e com as grandes oscilações freqüentes, as indústrias temem fechar as vendas a prazo e ter prejuízo.
Há cerca de 40 dias, negociavam com o dólar valendo R$ 1,85. O problema é que grande parte dos componentes dessas mercadorias é importada. A rede Berlanda, que compra as marcas Positivo, Intelbras e CCE, já não está mais recebendo as marcas, porque os vendedores sequer abrem preço para negociação. Nos três últimos meses do ano, as vendas de produtos de informática lideram a intenção de compra dos brasileiros, com 13,2% das respostas de consumidores entrevistados pelo Instituto Provar, de São Paulo.
Veículo: A Notícia - SC