Algodão: preço favorece quem não antecipou venda

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De meados do ano passado até agora, rentabilidade projetada para lavoura quase dobrou, segundo analista

 

O ano de 2011 começou com as cotações do algodão em alta, sustentadas pelas enchentes na Austrália, um dos maiores produtores mundiais. No Brasil, os preços acompanham esse movimento e o produtor que não comprometeu boa parte da safra 2010/2011 com vendas antecipadas terá maior rentabilidade se aproveitar o momento. Segundo o analista da Agroconsult Marcos Rubin, do momento em que o produtor planejou o plantio, em meados de 2010, até agora, a rentabilidade projetada para a lavoura dobrou.

 

Em julho de 2010, a expectativa de rentabilidade para a safra 2010/2011 era de R$ 1.375 por hectare. Agora, ela bate em R$ 2.741 por hectare (o valor não considera depreciação, entre outros custos). "Quem não negociou todo o algodão ainda tem chance de se dar bem", disse ele. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), cerca de 1 milhão de toneladas do 1,8 milhão de toneladas de algodão que serão produzidas neste ciclo já foram comercializadas.

 

Rubin lembra que, quando preparava a safra 2010/2011, o produtor tinha dúvidas se o mercado sustentaria os preços altos daquele momento. "Em agosto de 2010, a cotação estava em 86 centavos por libra-peso; em outubro, 100; em novembro, 130; dezembro, 138 e agora em janeiro estamos chegando a 150 centavos." E a expectativa é que os preços continuem sustentados.

 

Na semana passada, as cotações futuras do algodão na bolsa de Nova York terminaram no maior nível em três semanas, depois de o contrato março avançar 72 pontos, ou 0,49%, e fechar a 147,97 centavos por libra-peso. No Brasil, o indicador de preços do algodão calculado pelo Cepea fechou a quarta-feira passada cotado a R$ 3,3937 por libra-peso (R$ 112,23 por arroba) para pagamento em oito dias. O índice acumula alta de 16,2% entre 3 e 12 de janeiro.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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