A Rhodia, empresa que trouxe o fio de poliéster para o Brasil e que deixou esse segmento de negócios no fim da década de 1990, aposta na poliamida (mais conhecida como náilon) para crescer no mercado têxtil. A empresa espera iniciar a operação de uma nova máquina para a produção ainda no início do segundo semestre deste ano, resultado de um investimento de US$ 10 milhões na fábrica de Santo André (SP). Com essa nova máquina, a multinacional projeta elevar em 10% sua capacidade de fibras têxteis.
Ainda com números preliminares, a empresa estima que o ano passado apresentou expansão de cerca de 10%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essas fibras são utilizadas para a confecção de itens de vestuário, mais especificamente lingerie, roupas esportivas e meias masculinas em razão das necessidades específicas de cada um desses segmentos. Além disso, a poliamida, nome técnico do produto, é aplicada também em peças automotivas para os plásticos de engenharia.
Atualmente, a maior demanda por poliéster no mundo está concentrada na China. O país oriental mantém as taxas de crescimento de produção desse produto desde 2009, segundo um estudo da Chemical Market Associates, dos Estados Unidos.
América Latina
Apesar de a unidade fabril estar concentrada na fábrica do ABC Paulista, a Rhodia tem buscado outros mercados para atuar na América Latina. Um desses é o colombiano, que promove nesta semana a maior feira setorial no continente, a Colombiatex 2011, cujo tema são as diversas aplicações que uma mesma molécula pode ter; é o fio inteligente.
Segundo Elizabeth Haidar, gerente de Marketing da Rhodia Fibras, o investimento médio por ano é de 2% de seu faturamento em P&D para inovações nos segmentos fashion/moda, esportivo (casual e de performance), lingerie, além do mercado de uniformes e de acessórios. Entre as características do fio está a de ser um produto que regula a temperatura, oferece proteção contra raios UV e evita a proliferação de odores.
Um dos novos fios que serão apresentados na próxima semana tem como promessa atuar na melhoria da microcirculação sanguínea e da elasticidade da pele, sendo indicado para a confecção de roupas que ajudam no combate à celulite e aplicados em lingerie/moda íntima e esportes. A empresa também aposta em uma linha de misturas de Poliamida 6.6 com outros materiais, como a fibra celulósica.
A Rhodia foi a introdutora dos fios e fibras artificiais, como raiom (rayon), viscose, acetato de celulose, a partir de 1929, e de todas as fibras sintéticas (poliamida, poliéster, acrílico) a partir de 1955.
Veículo: DCI