Estamparia pisa no freio com a crise

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A Estamparia S/A, localizada em Contagem, já modificou a previsão de crescimento para 2008 diante da crise financeira mundial. A empresa, que antes estimava expansão das vendas de 15% neste ano frente 2007, agora acredita que a elevação será de apenas 5%. Se o resultado for alcançado a empresa manterá o ritmo registrado no ano anterior, quando os negócios também cresceram 5%.

 

De acordo com o diretor Comercial, Sérgio Mascarenhas Martins da Costa, a redução da demanda já é percebida desde agosto e foi agravada pela onda de incerteza que ronda a economia em todo o mundo. No entanto, com a valorização do dólar a situação ainda pode ser revertida. Nos últimos anos a empresa enfrentou grande concorrência no mercado interno com a entrada de produtos importados, sobretudo da China.

 

Se o dólar se mantiver entre R$ 2 e R$ 2,20 a previsão é de que a empresa consiga recuperar o ritmo de expansão. "Até setembro deste ano enfrentávamos concorrência desleal com tecidos vindos do Paquistão. Estamos contando com a diminuição dos produtos importados no Brasil por causa da valorização da moeda norte-americana", destacou.

 

Segundo o empreendedor, ainda não foi registrada redução significativa no consumo dos brasileiros. "O setor produtivo deve aguardar mais algum tempo para avaliar quais serão os impactos reais da crise na ponta", avaliou. Para ele, ninguém sabe ainda qual é o "estrago" que a turbulência causará.

 

Hoje, a empresa exporta cerca de 10% da produção, embarcadas principalmente para os países do Mercosul e para a Europa Oriental. Até meados de 2007 o volume correspondia a 16% do total fabricado pela Estamparia, mas em função da desvalorização do dólar as vendas foram reduzidas. Ainda não há planos de aumentar o comércio com outros países.

 

A fabricação atual é de 3,5 milhões de metros de tecidos por mês e 1 milhão de paças entre lençóis e toalhas, com a utilização de 100% da capacidade instalada. A Estamparia tem três unidades fabris em Minas Gerais, sendo duas localizadas no Vale do Jequitinhonha (Diamantina e Gouvea) e uma em Contagem. (CC)

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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