O secretário de Transportes do Estado de São Paulo, Mauro Arce, reiterou ontem que o leilão dos cinco lotes de rodovias marcado para o dia 29 de outubro está mantido, apesar da restrição de crédito gerada pela crise financeira internacional. "Estamos avaliando a situação do mercado diariamente, mas só vamos adiar a disputa se acontecer uma catástrofe", afirmou.
Somadas, as cinco estradas que irão a leilão -Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Dom Pedro I, Raposo Tavares e Marechal Rondon (trechos leste e oeste)- exigirão pagamento de outorga de R$ 3,5 bilhões no prazo de 18 meses, sendo 20% no ato da assinatura do contrato. Além disso, as rodovias exigirão investimentos de R$ 8 milhões ao longo dos 30 anos da concessão.
O secretário informou ainda que a Nossa Caixa está à disposição dos investidores para discutir financiamento para as concessões. Arce não revelou o montante disponível ou as condições que o banco deve oferecer, mas ressaltou que não haverá exclusividade para nenhum investidor. Arce informou também que, além da Caixa, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já enviou carta ao governo de São Paulo sinalizando a disponibilidade de financiar os vencedores do leilão.
Frete
O setor de transporte por fretamento, depois de ver, no início do ano, alta nas alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), comemoram a mudança nessa questão, depois de discussão com as autoridades e políticos e do esforço de entidades ligadas ao setor, como a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo. A Secretaria da Receita Federal voltou atrás e publicou no Diário Oficial da União, em 7 de outubro, um ato retornando o regime de tributação para cumulativo.
Em São Paulo existem 10 mil veículos de fretamento e, no Brasil, 4.900 empresas listadas na Agência Nacional de Transportes Terrestres para viagens interestaduais e internacionais. O setor movimenta cerca de R$ 3 bilhões anualmente.
Veículo: DCI