As vendas em lojas do comércio popular paulistano, além das lojas e serviços em shopping centers e nos supermercados tiveram uma movimentação acima da registrada no carnaval do ano passado, com altas entre 6% e 30% e o crédito do bom desempenho é o calendário, com a data mais distante do começo do ano e mais perto do final do gargalo trimestral da maior parte das dívidas dos consumidores. Nas vendas, um dos mais bem-sucedidos neste período foi o grupo de hipermercados Walmart, que vendeu as 30% a mais de bebidas que havia encomendado para o período. Outros como o Armarinhos Fernando e a Seeman também disseram ter terminado o carnaval com crescimento expressivo.
De acordo com o gerente-geral do Armarinhos Fernando, Ondamar Ferreira, o crescimento este ano, de 6%, deve-se, principalmente, ao maior tempo de compras dos foliões, e o destaque do grupo em vendas continuou sendo as espumas. "O que mais sai nas lojas, em épocas como essa, sempre são o segmento de fantasias e espumas para as festas". Na região da Rua 25 de Março, reduto do comércio popular paulista, o gasto médio foi de R$ 40, com fantasias, confetes e serpentinas. Já a região do Bom Retiro pega carona na data comemorativa na venda de roupas de Verão, que acabam sendo usadas pelos consumidores durante as festas.
Neste caso, porém, o tíquete médio é maior: R$ 80. O maior tempo para compra também é o argumento do diretor da Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências), Marcelo Mouawad. Para ele os lojistas físicos e da internet estão se abastecendo desde janeiro. "Quando o carnaval é longe do início do ano, as vendas são maiores. Neste ano, as vendas cresceram 15%."
Shoppings
O clima chuvoso foi o que mais ajudou o bom desempenho de vendas nos centros de compras este feriado. Para o consultor de economia da Associação das Empresas Lojistas em Shopping Centers do Estado do Rio de Janeiro (Aloserj), Arthur Fraga, a expectativa era aumento em torno de 15% em relação aos dias comuns. No ramo de vestuário, Fraga disse que pode ter ocorrido um aumento de até 30% de vendas, "no máximo". O segmento de moda esportiva é o mais procurado. Segundo o economista, existe um fenômeno que explica esse movimento nos shopping centers no carnaval. "Os gastos são feitos com antecedência ou o dinheiro é canalizado para viagens. O carnaval é o primeiro período de foco de viagem do ano. O segundo é o Natal e o Réveillon. Viaja-se mais para fora no carnaval. Então, o consumo cai."
Além do comércio popular, as vendas carnavalescas tiveram efeito nos supermercados, este ano o Walmart registrou um crescimento de 20% nas vendas e ampliou em 30% as opções de cervejas no estoque. Em 2011, as vendas em supermercados cresceram em torno de 5%, sem números oficiais, os produtos mais procurados, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), são as carnes bovinas comuns em churrascos: picanha, contrafilé, maminha e fraldinha. Entre as bebidas, têm destaque tanto as alcoólicas quanto as não-alcoólicas que também registram aumento. Nas farmácias o aumento das vendas dá-se, principalmente, pela venda de analgésicos. Na Farmais, os dias de carnaval têm incremento de 40% na procura por antiácidos, analgésicos e preservativos masculinos e femininos.
Veículo: DCI