Maiores altas ocorerram na batata (21,23%), feijão (7,25%) e tomate (6,02%).
O preço da cesta básica em Belo Horizonte ficou praticamente estável em março, apresentando elevação de 0,87% na comparação com o mês anterior. Em relação ao terceiro mês de 2010 foi registrada alta, neste caso de 10,87%. Já no acumulado do ano, a variação na Capital foi de 5,3%. O custo da cesta alimentar mínima necessária para uma pessoa adulta, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ficou em R$ 248,77.
A pesquisa apontou ainda que 14 das 17 capitais apresentaram aumento no custo da "ração essencial", necessária para uma pessoa adulta. A maior alta foi observada em Natal, cujo preço teve aumento de 6,19% em março frente fevereiro. Logo em seguida apareceram Salvador (4,9%), Vitória (4,88%) e Rio de Janeiro (4,33%). Na outra ponta, três cidades registraram retração: Recife (-0,77%), Manaus (-0,54%) e Brasília (-0,05%).
No que se refere ao terceiro mês de 2011, São Paulo apresentou o maior preço, R$ 267,68, ainda que não tenha registrado a maior variação. Em seguida, aparecem Porto Alegre (R$ 261,13), Rio de Janeiro (R$ 259,80), Vitória (R$ 258,32) e Manaus (R$ 251,38). Já as cestas mais baratas foram encontradas em Aracaju (R$ 192,35), João Pessoa (R$ 203,94) e Recife (R$ 209,77).
Em Belo Horizonte, os produtos que tiveram as maiores altas em março contra fevereiro foram a batata (21,23%), o feijão (7,25%) e o tomate (6,02%). Já as maiores quedas foram na banana (-4,95%), carne (-2,27%) e arroz (-2,11).
Ainda de acordo com o levantamento, os produtos com maior elevação no preço médio nos últimos 12 meses foram a carne (25,22%), o óleo (23,08%) e o feijão (22,76%). E os que apresentaram queda, na mesma base de comapração, foram a batata (-37,68%) e o arroz (-6,53%).
Em março, para adquirir uma cesta básica na capital mineira, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo - R$ 501,40, após os descontos da parcela referente ao INSS sobre o valor bruto de R$ 545,00 - precisou trabalhar 100 horas e 25 minutos para garantir o próprio sustento e de sua família, gastando 49,62% do seu rendimento líqüido para adquirir integralmente a cesta básica (R$ 248,77). Em março de 2010, para pagar a "ração essencial" eram preciso 96 horas e 47 minutos de trabalho.
Em âmbito nacional, o gasto do trabalhador correspondeu a 47,54% do seu rendimento líqüido. Para comprar a alimentação mínima necessária ele necessitou cumprir 96 horas e 13 minutos, cerca de uma hora a mais do que no mês anterior, que era de 95 horas e 09 minutos, ambas maiores que em março de 2010, quando foi de 94 horas e 38 minutos.
Mínimo - Ainda segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.247,94 em março para suprir suas necessidades básicas e da família. A avaliação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do país.
Com base no maior valor apurado para a cesta em março, de R$ 267,58, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,12 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 545. Em fevereiro, o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese era menor, o equivalente a R$ 2.194,18. Em março de 2010, o valor era de 2.159,65.
O Dieese também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse comprar em março o conjunto de bens essenciais aumentou, na comparação com o mês anterior e com o mesmo período do ano passado. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 96 horas e 13 minutos para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia a execução de 95 horas e 9 minutos. Em março de 2010, a mesma compra necessitava a realização de uma jornada de 94 horas e 38 minutos.
Veículo: Diário do Comércio - MG