Valor médio do longa vida deve subir ainda mais nos próximos meses, segundo estudo da Scot
O leite está mais caro para o consumidor ribeirão-pretano. O produto em embalagem longa vida (UHT), conhecido por leite de caixinha, já custa R$ 2,18 em média na cidade.
O pasteurizado, em saquinho do tipo C, vale de R$ 1,45 a R$ 1,95. Os derivados do leite, como queijos e iogurtes, também subiram. A tendência é de mais aumentos nos próximos meses.
Levantamento da Scot Consultoria mostra que apenas neste mês o preço do leite na caixinha aumentou 5,7% em comparação a março. Em igual período do ano passado, o consumidor em Ribeirão Preto pagava 4,5% menos.
A cotação atual é a maior registrada desde julho de 2009, quando o produto bateu recorde. Desde o começo do ano, o longa vida subiu 10%, relata consultoria.
Rafael Ribeiro de Lima Filho, zootecnista da Scot, explica que o aumento é por causa da demanda aquecida e a redução na oferta do produto.
A oferta de leite está menor para a indústria também em razão do aumento do preço da alimentação do gado.
A tendência é de elevação nos próximos meses, explica Rafael Ribeiro, em função da entressafra, com piora das pastagens.
A entressafra do leite termina em agosto ou setembro.
Despesa
O consumidor percebeu o aumento nas prateleiras desde o começo do ano.
"Gasto R$ 100 de leite por mês para a minha família. Como é considerado essencial, economizo em produtos supérfluos", diz a escriturária Suely Aparecida dos Santos, de 52 anos, que fazia compras nesta quarta-feira.
O leite pasteurizado subiu em média 5% desde fevereiro, segundo a Scot.
Segundo o zootecnista, o leite pasteurizado, com menos coliformes, sofre menos processo na produção, mas o UHT, por causa do prazo de validade de até três meses, é o preferido, com 70% de consumo.
Veículo: Jornal A Cidade - Ribeirão Preto/SP