O custo da produção de trigo na Argentina está 13% mais alto em média este ano. A algumas semanas do início do plantio, os produtores pagam 15,7% mais por sementes, agroquímicos e fertilizantes, e o aluguel de terras subiu 10%, segundo relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires sobre a conjuntura agropecuária. Isso já provocou uma projeção de aumento de 37% no produto para dezembro, quando a safra será colhida.
Apesar do aumento de custo, a valorização da commodity pode ser um atrativo para o investimento na cultura. Os preços sinalizados para dezembro são de US$ 185 a tonelada contra US$ 135 no ano passado.
Uma mudança de comportamento considerável no mercado. Em abril de 2010, quando os produtores iniciavam o planejamento da safra, a indicação de preço para o período de colheita era de US$ 135.
Já este ano, se o clima for favorável, agricultores das principais regiões produtoras, no sul e sudeste de Buenos Aires, que respondem por 60% da safra, podem ter uma rentabilidade de até US$ 280 por hectare em terras próprias, segundo a bolsa.
Em terras alugadas, esse rendimento cai a US$ 55. Estas zonas apresentaram rendimentos de 4.500 quilos por hectare na safra 2010/2011.
Diante deste quadro, analistas acreditam que os produtores rurais devam aumentar em até 10% a área de plantio do trigo na Argentina. O Brasil é um dos principais importadores do produto do país vizinho.
Veículo: DCI