Redução das chuvas favorece a colheita, aumentando a qualidade e a produtividade no Cinturão Verde de SP
Uma frente fria baixou temperaturas e provocou chuva na primeira semana de maio. As máximas oscilaram entre 32 graus em Votuporanga e 20 em São Carlos e as mínimas chegaram a 9 graus em Piracicaba e Presidente Prudente. O volume de chuva acumulada, porém, foi inferior a 10 milímetros na maioria das localidades, chegando a 20 em Piracicaba e Garça e a 35 em Campinas.
Com a queda da temperatura, houve menor demanda hídrica e a umidade do solo manteve-se em 70% da capacidade máxima na maioria das localidades, à exceção de Votuporanga, onde a umidade ficou em 47%.
A colheita da laranja e tangerina intensifica-se no Estado e, com oferta maior, os preços estão em queda. O clima foi favorável e os produtores estão animados com a produtividade, que deve ser superior à safra passada. Com a redução da temperatura, espera-se também melhoria na qualidade do suco da fruta ainda em formação.
Uvas. Em Jundiaí e Louveira, os produtores de uva já iniciaram os preparativos para a colheita no sistema de dupla poda, que permite colher a uva na entressafra, para obter preços melhores. Além do mais, nesta época, o clima seco favorece a colheita e reduz doenças.
O tempo está bom para colher batata-doce em Presidente Prudente; feijão da seca em Itaberá e Capão Bonito, para adubação de cobertura no abacaxi de Mirandópolis e Andradina; sangria da seringueira e irrigação dos viveiros em Votuporanga, Barretos e Guararapes, além de poda de limpeza e adubação nas mangueiras de Monte Alto e Taquaritinga (SP).
Hortaliças. Pouca chuva e solo úmido favoreceram as hortaliças do Cinturão Verde de São Paulo (Suzano e Mogi das Cruzes), que crescem com qualidade, aumentando a oferta e reduzindo preços ao consumidor. O clima mais seco permite a redução na aplicação de defensivos, diminuindo custos para o produtor. O tomate que está sendo colhido em Sumaré também está com melhor qualidade e os produtores esperam uma safra com boa produtividade.
A instabilidade climática no começo da semana não afetou a safra da cana. A crise acelerou o ritmo de processamento na fase inicial da safra, para aumentar a disponibilidade de etanol no mercado. A queda da temperatura e a redução da umidade do solo nas localidades de Jaboticabal e Ribeirão Preto favoreceram a maturação, aumentando o rendimento industrial.
Veículo: O Estado de S.Paulo