Funcionários se opõem a plano do Carrefour

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Um fundo de funcionários que reúne 1,79% dos direitos a voto no Carrefour opõe-se a todas as resoluções que a maior varejista europeia submeterá à votação de acionistas em junho, entre elas um lançamento de ações da rede de descontos Dia, segundo o site do sindicato Force Ouvriere.

 

A posição do fundo reflete a preocupação dos funcionários diante dos "projetos destrutivos da Colony Capital e de Arnault", diz uma declaração do sindicato postada no site.

 

O Carrefour, sob pressão de importantes acionistas da Colony Capital e do Groupe Arnault para que reanime o preço, em queda, de suas ações, elaborou um plano contemplando o desmembramento e a oferta pública inicial de ações do Dia, terceiro maior grupo mundial varejista de descontos, atrás dos alemães Aldi e Lidl.

 

Os representantes dos funcionários no conselho de supervisão dos fundos do Carrefour afirmaram ser "contrários às resoluções que serão apresentadas na assembleia de acionistas em 21 de junho", diz a declaração do sindicato.

 

O Carrefour tinha a intenção de desmembrar 25% de seus negócios no setor imobiliário na Europa juntamente com o Dia, mas descartou a ideia, este mês, após oposição de outros acionistas, como o investidor ativista americano Knight Vinke e em meio a rumores de cisões na diretoria.

 

As 21 resoluções que o Carrefour apresentará à assembleia de acionistas também inclui a renovação do mandato de Bernard Arnault, membro do conselho de administração e magnata do setor de artigos de luxo, de Amaury de Sèze, presidente do conselho de administração, bem como dos conselheiros independentes Rene Brillet e Jean-Laurent Bonnafe. Todos os mandatos têm duração de três anos.

 

O Groupe Arnault e o fundo americano de investimento em participações Colony Capital detêm, reunidos, 14% do capital social e 20% dos direitos de voto no Carrefour.

 

Na tentativa de refutar críticas segundo as quais seus diretores estão muito obcecados com os dois acionistas principais, a varejista nomeou a economista Mathilde Lemoine para o cargo de membro independente do conselho de administração.

 

O Carrefour pretende restabelecer a confiança do mercado após duas advertências de queda nos lucros. O grupo também está sob pressão para mostrar que está agindo no interesse de todos os seus acionistas e não apenas do Colony Capital e do Groupe Arnault.

 

Lemoine, uma economista do grupo bancário HSBC, preencherá a vaga deixada por Jean-Martin Folz, ex-chairman da PSA, que se demitiu em março devido ao que muitos analistas acreditam ser diferenças estratégicas.

 

Lemoine substituirá Folz no restante de seu mandato, ou seja, até a assembleia geral em 2012, informou a varejista ontem.

 

Os acionistas do Carrefour terão de decidir sobre a nomeação de Lemoine na assembleia de 21 de junho. Os negócios já existentes reunindo o Carrefour e o HSBC representam menos de 1% das receitas totais de cada instituição, diz o comunicado.

 

Grupo Pão de Açúcar nega negociação

 

Diante das notícias de estudos para uma possível fusão entre as duas maiores supermercadistas do país, o Grupo Pão de Açúcar divulgou um comunicado ontem informando que "não é parte em qualquer negociação com o Carrefour e não contratou qualquer assessor financeiro com esse fim".

 

O comunicado menciona que o grupo francês Casino informou ao Pão de Açúcar "que desconhecia qualquer negociação até a sua veiculação pela mídia e que não autorizou qualquer terceiro a representar seus interesses". Mas a mensagem deixa uma brecha para possíveis conversas, quanto diz que "o acionista Abilio Diniz informou que está sempre em busca de alternativas para o crescimento da Companhia e que não há nenhum fato ou ato que justificasse uma divulgação ao mercado".

 

Veículo: Valor Econômico


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