Hoje o conselho fiscal da rede varejista francesa Carrefour tem um encontro marcado. No entanto, as operações do Carrefour no Brasil poderão estar na pauta do encontro depois que o empresário Abílio Diniz, presidente do Grupo Pão de Açúcar, se aproximou do Carrefour para explorar oportunidades de "crescimento" potenciais, afirmaram várias pessoas próximas da situação, irritando o Grupo Casino, parceiro de longa data do Pão de Açúcar e rival do Carrefour. - Fontes ligadas ao setor disseram ao que Abílio procurou o Carrefour não para violar o pacto com o Casino mas para prevenir-se de possíveis negociações entre o Walmart e a operação brasileira do Carrefour.
Uma aliança com a CBD fortificaria a posição do Carrefour no Brasil enquanto ele tenta ajustar seus negócios na França. A operação brasileira do Carrefour é avaliada entre 5 bilhões de euros e 7 bilhões de euros e soma 500 lojas. O Pão de Açúcar possui mais de 1.300 lojas.
A fusão das operações entre Carrefour e o CBD também poderia aumentar as acusações de concentração de mercado - a entidade resultante controlaria cerca de 30% do mercado. A empresa afirma que não está envolvida em negociações com o Carrefour. O Casino e o Carrefour também não comentam o assunto.
Qualquer mudança na estratégia do Carrefour no Brasil poder ser também controversa. O Brasil é uma fonte de crescimento para a companhia francesa, que compensa o seu fraco desempenho na França.
O Grupo Casino e a família Diniz têm controlado conjuntamente o Pão de Açúcar há anos e o Casino tomaria o controle da varejista brasileira no ano que vem, segundo termos de um acordo de acionistas. No entanto, nas últimas semanas, Diniz, o fundador do Pão de Açúcar, tem conversado com o Carrefour sobre várias opções potenciais de fusão, incluindo uma troca de ações.
O Carrefour, a segunda maior varejista do mundo depois do Walmart, está no meio de uma grande transformação. A gigante varejista deverá dividir sua rede de supermercados Dia numa reunião de acionistas em 21 de junho, num movimento que desencadeou críticas de analistas e sindicatos. No início deste mês, o Carrefour suspendeu indefinidamente seus planos para dividir parte de sua divisão imobiliária. Enquanto isso, no Brasil o GPA inicia um processo de contratação de 100 pessoas para trabalhar na grupo em lugares ainda não definidos.
Veículo: DCI