A SRB (Sociedade Rural Brasileira) e a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) contestaram ontem a informação da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores) de que uma pressão da indústria reduziu o preço de referência da caixa de laranja de R$ 11,80 para R$ 10.
Tanto a SRB como a Faesp -que também representam os citricultores, como a Associtrus- afirmaram que os R$ 10 negociados com a indústria foram o máximo conseguido para o preço de referência.
O preço mínimo foi fixado pelo governo como exigência para as indústrias de suco obterem crédito da linha especial criada pelo Ministério da Agricultura para estocar o produto e controlar os preços da fruta e do suco na cadeia produtiva.
A CitrusBR (reúne os exportadores) repudiou em nota as declarações do presidente da Associtrus, Flávio Viegas, sobre a "pressão" para reduzir o preço de referência.
A linha de crédito de R$ 300 milhões prevê que cada empresa poderá contratar até R$ 80 milhões, desde que compre a fruta pelo preço de referência. Os estoques deverão ser comercializados em um ano.
A linha será analisada na semana que vem pelo CMN. Até lá, produtores e indústria poderão renegociar o preço de referência, informou ontem o secretário de Política Agrícola do ministério, José Carlos Vaz.
Veículo: Folha de S.Paulo