Polícia encontrou "gatoeira" e investiga se animais são mortos
A unidade do Walmart em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) está sendo investigada pela Delegacia de Proteção Animal por suspeita de maus-tratos em gatos.
Anteontem, a polícia encontrou uma gaiola, com "gatoeira" -armadilha para gatos com peixe como isca- dentro da loja. O Walmart confirma que capturou os gatos, mas nega maus-tratos.
A delegacia começou a investigar o caso após receber duas denúncias anônimas.
De acordo com o delegado Norberto Bocamino, as denúncias tratam de captura e matança dos animais, mas não há vestígios de mortes.
Para a chefe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Eliana Collucci, a captura de animais é irregular quando não realizada por técnicos.
"A "gatoeira" tem uma guilhotina que oferece risco. Além disso, o gato pode se estressar e se machucar", diz.
Segundo o delegado, os funcionários disseram que os gatos foram levados a uma ONG de proteção animal.
Mas as três maiores ONGs de proteção animal -AVA, Cãopaixão e Murilo Pretinho- não foram procuradas oficialmente pelo Walmart.
OUTRO LADO
O Walmart confirma ter apreendido os gatos "para conter o avanço" dos animais no depósito, mas nega tê-los matado ou maltratado.
Em nota, a rede diz que os animais capturados foram adotados por funcionários -sem especificar quantos.
O supermercado diz que entrou em contato com o CCZ para ser orientado. O CCZ confirma que foi procurado, mas só ontem. Por isso, um técnico foi ao supermercado e constatou a irregularidade.
Veículo: Folha de S.Paulo