Venda de bicicletas em alta na Capital

Leia em 3min 30s

A implantação de seis ciclovias em Belo Horizonte, que teve início em abril, está aquecendo a venda de bicicletas na cidade. Lojas instaladas em áreas próximas às regiões que serão beneficiadas têm registrado alta na demanda nos últimos meses. No entanto, a procura maior ainda é por bicicletas para lazer e esporte, já que nem todos se arriscam com a "magrela" em meio ao trânsito turbulento da capital mineira.

 

A loja Ciclovia Bicicletas, instalada no bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, atua no ramo há 35 anos. De acordo com o proprietário, Geraldo Feliciano, em maio foi possível sentir um aumento de, aproximadamente, 10% nas vendas em comparação com o mês anterior, quando as ciclovias começaram a ser implantadas. Ele afirma que as ciclovias estão estimulando sim a população a utilizar a bicicleta, mas que esse processo é lento.

 

"Sinto que as pessoas estão buscando a bicicleta como ferramenta para o lazer e o esporte. Elas buscam essas ciclovias para passeios nos finais de semana, quando o trânsito é mais tranqüilo. Para uso durante a semana, como meio de transporte, a procura está pequena, as pessoas ainda têm receio quanto a enfrentar o trânsito utilizando bicicletas", afirma Feliciano.

 

Ele informa que a Ciclovia Bicicletas comercializa cerca de 90 "magrelas" por mês e que a demanda maior é por modelos voltados para adultos. Conforme o proprietário da loja, os modelos infantis têm saída maior no segundo semestre, próximo às datas comemorativas do Dia das Crianças e do Natal. Ele informa, ainda, que as ciclovias mais procuradas por seus clientes são a da avenida dos Andradas, na região central, e a instalada na orla da Lagoa da Pampulha.

 

Na loja de Venda Nova da Global Bicicletas, as vendas também têm crescido mês a mês. O gerente da unidade, Wendel Lúcio Ferreira, afirma que os moradores da região estão aproveitando as ciclovias instaladas nas avenidas Doutor Álvaro Camargos (Venda Nova) e Risoleta Neves (Norte) para deslocar de bairro a bairro e assim fugir dos transtornos do trânsito e do transporte público. "Nossas vendas estão crescendo, mas não sei precisar um índice", diz.

 

Circuito - Já as lojas instaladas em bairros mais distantes das regiões que serão beneficiadas pelas ciclovias não estão sentindo esse bom momento tão de perto. Na loja Bike 1000, no bairro Salgado Filho, na região Oeste, a demanda por bicicletas está estável. O gerente da loja, Guilherme Rezende, disse que a distância física das ciclovias talvez tenha interferido para que os negócios não fossem impulsionados. "Por enquanto não tem nenhuma ciclovia com data marcada para ser instalada nos bairros próximos ao Salgado Filho", observa. Mas ele garante que a demanda por reparos das bicicletas está em alta.

 

As seis ciclovias que estão sendo implantadas neste ano fazem parte do programa Pedala BH. Elas ocuparão 18 quilômetros. Na Savassi, a pista vai passar pela rua Professor Moraes, no cruzamento com a rua Antônio de Albuquerque, segue pela avenida Bernardo Monteiro, avenida Carandaí, rua Piauí e avenida do Contorno, até se conectar com a Ciclovia Andradas, próximo ao Centro de Especialidades Médicas.

 

A Ciclovia Savassi terá 2,4 metros de largura, será recapeada e segregada da pista de automóveis por separador. Terá mão dupla e as interseções serão pintadas de vermelho.

 

Além da Savassi, serão contempladas a avenida Risoleta Neves (região Norte), avenida Dr. Álvaro Camargos (Venda Nova), avenida do Canal (Barreiro), avenida Américo Vespúcio (região Noroeste) e avenida dos Andradas (Centro). As obras, que contam com recursos da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), vão consumir aporte de R$ 1,1 milhão e estão sendo feitas pela Sitran Sinalização de Trânsito Industrial Ltda, empresa escolhida por meio de licitação.

 

Além dos 18 quilômetros já em execução, outros 141 quilômetros de pistas para ciclistas estão em fase de elaboração de projetos ou seleção das empresas responsáveis pelas obras. No caso desse percurso, a PBH vai investir R$ 2 milhões.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Fusão com Carrefour recebe duras críticas

A perda do poder de barganha começa a atormentar segmentos do setor agroindustrial brasileiro, preocupados com a ...

Veja mais
Nokia abre loja própria em BH

Inauguração faz parte da estratégia da fabricante para ampliar mercado no país.   A ...

Veja mais
Queda nas vendas em MG supera previsões

Amis aponta recuo de 8,30%.   As vendas do setor supermercadista caíram 5,19% em maio na comparaç&...

Veja mais
Sócio francês do Pão de Açúcar diz que Abilio Diniz ignora ética

A rede varejista francesa Casino, sócia do Pão de Açúcar, publicou anúncio nos princi...

Veja mais
BNDES dá R$ 4 bi a Abilio por Carrefour

Pão de Açúcar pode ser acionista de rede francesa com ajuda estatal e do BTG em negócio cont...

Veja mais
Brasil é 'eldorado para supermercados', diz jornal francês

Briga entre grupos franceses Carrefour e Casino por parceria com Pão de Açúcar ilustra potencial 'i...

Veja mais
Hypermarcas investe para centralizar operações

Estratégia: Companhia vai aplicar R$ 250 milhões no Estado de Goiás   A Hypermarcas est&aac...

Veja mais
Fusão preocupa fornecedores e sindicatos

Com novo "gigante" do varejo, que teria cerca de 32% do mercado, indústria teme perder espaço em negocia&c...

Veja mais
Novas regras para o leite podem ser adiadas

Produtores querem mais tempo para investir   A Instrução Normativa 51/2002, do Ministério da...

Veja mais